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Fuga do trânsito por ruas pequenas causa acidentes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O trânsito foi mal avaliado
por moradores de todos os distritos da zona norte, recebendo
11% dos votos como o pior problema, logo atrás das reclamações sobre calçadas e falta de
luz. Em alguns distritos, os congestionamentos foram a principal queixa dos moradores, como em Santana (20%) e Vila
Guilherme (17%), que registraram quase o dobro do índice
médio da cidade, de 10%.
Para fugir do trânsito, motoristas têm utilizado ruas paralelas a grandes avenidas como
rotas alternativas, o que vem
provocando atropelamentos.
"Começa por volta das 18h.
Outro dia, minha filha estacionou do outro lado da rua e,
quando abriu a porta do carro
para sair, veio um e quase a
atropelou. Eles passam correndo", diz Esteh Ventoso Alves,
70, apontando para uma placa
que indica velocidade máxima
permitida de 20 km/h.
A aposentada mora na rua
Tenente Rocha, uma via paralela à avenida Braz Leme. De
acordo com relatos de vizinhos,
são muitos os casos de acidentes nas ruas próximas -todas
usadas como rotas de fuga para
o trânsito.
"Uma vez, um carro atropelou e matou uma moça na esquina", conta o aposentado
Melquizes Alves Pereira, 78.
Para Jaime Waisman, professor da USP especialista em
transportes, a tendência de acidentes é maior nessas rotas alternativas. "O motorista sai de
uma via importante, parada, e
vai para outra que está livre.
Ele tende a desenvolver uma
velocidade maior. E esta via,
provavelmente residencial, pode não estar bem sinalizada e
iluminada. Isso pode elevar o
número de atropelamentos."
Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que o
número de óbitos de pedestres
por atropelamento na Subprefeitura de Santana foi de 15, em
2001, para 27, em 2006. Em
2007, porém, 12 mortes foram
registradas.
(TB)
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