DA REPORTAGEM LOCAL

Dizendo que o "PT precisa se disciplinar no segundo turno" para que não surjam "mais ignomínias", o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, acusou os petistas de fazer "troca-troca de favores" em busca de apoio.
Ao comentar as articulações já costuradas pelo PT com outros partidos, Serra disse que decisivo no segundo turno é a conquista do eleitor. "Não são acordos de cúpula. Não temos ilusão quanto a isso, nem temos o hábito do PT, que é o de fazer troca-troca de favores para obter apoio", atacou.
Para o tucano,"isso [trocar favores por apoio] é, infelizmente, tradição petista". Os petistas, segundo ele, " aprenderam muito rápido os costumes mais atrasados da política brasileira e agora estão à frente dessa prática".
Serra limitou-se a um irônico "parabéns para ele" ao saber que o presidente do PT, José Genoino, já listara os aliados para o segundo turno em São Paulo. Mas admitiu que também tentará conquistar adeptos: "Vamos, sem dúvida, fazer o trabalho de ampliação política, mas o fundamental no segundo turno é a ampliação junto à população. Isso é o básico, é o que vai decidir a eleição".
Serra culpou o PT pela agressividade das semanas finais do primeiro turno. Ele disse que Marta Suplicy acertou ao prever sordidez na campanha, mas "não [em relação] a ela. "Sabemos fazer campanha de nível elevado. Já não se pode dizer o mesmo dos adversários". Dizendo ter sido a maior vítima de baixarias, pediu que o eleitor fique "alerta porque novas ignomínias como essas poderão ser cometidas". Ao responder se temia um segundo turno mais pesado, disse que não: "Mas o PT precisa se disciplinar e ter claro de que essa não é forma democrática de disputar a eleição".
Ontem, Serra atravessou a cidade da zona leste para a sul. Em Ermelino Matarazzo, Serra fez um apelo às mulheres: "Vocês precisam falar com os homens porque as mulheres votam melhor". Na Praça XI, caminhou pela feira, visitou um bar e comprou um marionete. (CATIA SEABRA)


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