São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES / CAMPINAS

Luciano Zica disputa com Dr. Hélio (PDT) para enfrentar tucano

Líder hoje, Carlos Sampaio foi derrotado por Toninho em 2000


Desgastado por gestão, PT luta pelo 2º turno

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Desgastado pela gestão iniciada em 2001, o PT corre o risco de perder o governo em Campinas (SP), a maior cidade do interior paulista e a terceira maior do Estado.
O deputado federal Luciano Zica (PT), com 15%, é o terceiro na última pesquisa Ibope, mas empatado na margem de erro (quatro pontos) com Dr. Hélio (PDT), que tem 21%. Carlos Sampaio (PSDB), com 37%, lidera com folga desde o início da campanha.
Sampaio perdeu o segundo turno em 2000 para Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado em setembro de 2001.
O início do desgaste petista em Campinas teve como marco o racha gerado na administração após a morte de Toninho. Semanas depois, o grupo da vice-prefeita Izalene Tiene (PT) exonerou a maioria dos secretários ligados a Toninho e deixou clara a existência de uma divisão no partido.
A partir daí, o PT enfrentou uma série de greves dos servidores municipais, que desgastou ainda mais a administração. A situação culminou na desistência de Tiene em se candidatar à reeleição, amparada por pesquisa interna que apontou, em dezembro passado, a reprovação do governo dela por 70% dos campineiros.
Na tentativa de resgatar a imagem de união do PT na cidade, a campanha de Zica usou imagens de Toninho em sua propaganda, mas, a própria viúva de Toninho, Roseana Garcia, reprovou a utilização das imagens do prefeito.
Mesmo em desvantagem nas pesquisas, a campanha petista aposta numa arrancada e na militância para reviver o segundo turno com o PSDB após quatro anos. ""Vamos passar para o segundo turno na reta final", disse Zica, ao detectar o crescimento da candidatura nas últimas pesquisas.
Na campanha, Zica teve apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que inaugurou obras na cidade no início do período eleitoral, do ministro José Dirceu (Casa Civil), do senador Aloizio Mercadante (PT) e do presidente do PT, José Genoino, que disse que Campinas ""era uma das prioridades nacionais" petistas nas eleições.
A origem da dívida de R$ 1,55 bilhão da prefeitura foi um dos principais temas da campanha. A gestão petista alega que os R$ 12 milhões gastos por mês com juros comprometem os investimentos e acusa as duas administrações tucanas anteriores como principais responsáveis pela dívida. O PSDB nega ter contraído o débito.


Texto Anterior: Santos: Petistas tentam retomar poder após 8 anos
Próximo Texto: Ribeirão Preto: Sucessor de Palocci corre risco de cair já
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.