São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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RECIFE

Concorrentes de João Paulo tentam convencer os eleitores indecisos

"Arrastão" por votos é defesa contra triunfo petista

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Os adversários do prefeito de Recife e candidato à reeleição, João Paulo (PT), prometem realizar hoje um "arrastão" nas ruas da cidade para tentar levar a eleição para o segundo turno.
O alvo dos 100 mil cabos eleitorais que a oposição quer colocar na boca-de-urna são os indecisos. As pesquisas mostram que só eles podem evitar que o petista saia vitorioso do pleito, hoje.
Na última pesquisa divulgada pelo Ibope, no dia 27, João Paulo aparecia com cinco pontos percentuais a mais do que a soma dos concorrentes. O levantamento mostrava, entretanto, que 4% não sabiam em quem votar (ou não opinaram) e que outros 5% votariam em branco ou nulo.
Segundo colocado na pesquisa, Carlos Eduardo Cadoca (PMDB) é quem mais aposta na tática do "arrastão". O peemedebista abandonou a estratégia de desconstrução do discurso petista e incorporou ao seu projeto a frase "vamos ao segundo turno".
João Paulo, por sua vez, federalizou cada vez mais a sua campanha e, na reta final, teve o apoio direto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Brasília Teimosa
Em Recife, Lula visitou obras, entre elas a de urbanização da orla na comunidade de Brasília Teimosa, palco da maior polêmica surgida na disputa eleitoral e, para muitos, do maior desastre da campanha de Cadoca.
Na intenção de criticar a obra, a equipe do peemedebista levou ao ar, no dia 20 de agosto, entrevista com Maria do Socorro dos Santos, ex-moradora da favela de palafitas da comunidade.
Ela atacou o petista, mas, três dias depois, apareceu no programa de TV do prefeito e afirmou ter recebido promessa de ajuda em troca das críticas. Dez dias depois, Santos foi encontrada amarrada e jogada em um mangue. Disse ter sido seqüestrada, espancada e roubada.
No dia 16 de setembro, três policiais da Casa Militar do governo de Pernambuco foram detidos quando seguiam o advogado da mulher, Dominici Mororó. O Grupo de Operações Especiais assumiu a responsabilidade.


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