da Redação

As posições do hoje presidente Fernando Henrique Cardoso durante o Congresso constituinte eram um pouco diferentes das que ele defende atualmente.
A principal mudança refere-se à proteção ao capital nacional. Em 1988, FHC votou a favor da concessão de benefícios fiscais às empresas nacionais e da nacionalização das jazidas minerais.
Já na Presidência, enviou uma emenda ao Congresso eliminando as vantagens às empresas de capital nacional e abrindo o setor de mineração e energia elétrica às empresas estrangeiras.
Em 29 de abril de 1988, o então senador votou a favor do monopólio estatal na extração de petróleo. Segundo Barbosa Lima Sobrinho, na época FHC lhe teria dito: "Se o senhor veio aqui defender o monopólio do petróleo, não perca seu tempo. Ele está no meu sangue, como estava no sangue de meu pai e de meu tio". Em 1995, o atual presidente encaminhou emenda ao Congresso para extinguir o monopólio da Petrobrás.
Durante o Congresso constituinte, FHC apoiou a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais, o salário mínimo, o direito de greve e a reforma agrária. Mas se ausentou em várias decisões polêmicas. Não esteve presente na votação que rejeitou o tabelamento dos juros em 12% ao ano, que ele hoje critica.
Ausentou-se ainda nas votações sobre a concessão de aviso prévio proporcional, definição da licença-paternidade e nas duas votações sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Também faltou na aprovação da aposentaria proporcional, cuja extinção agora defende. Apresentou ainda um projeto regulamentando a aposentadoria especial para professores, que hoje quer extinguir.



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