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EDUCAÇÃO
Rio tem 8 das 20 melhores escolas do país
Os tradicionais colégios de São Bento e Santo Agostinho conseguiram as melhores colocações no Enem
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos 20 melhores colégios do
país no Enem (Exame Nacional
do Ensino Médio), oito estão na
cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do exame por escola
estão disponíveis desde ontem
no site do Inep (instituto de
avaliação e pesquisa do Ministério da Educação) e mostram
também que, nessa seleta lista,
encontram-se quatro de Minas
Gerais e três de São Paulo.
As três escolas do país com
melhor média são bem conhecidas de cariocas e paulistas. No
Rio, o tradicional colégio de São
Bento foi o que teve o melhor
desempenho (82,96 pontos numa escala de zero a cem), seguido do também carioca Santo
Agostinho (82,04 pontos) e do
paulistano Vértice (81,67).
O quarto colocado vem de
um Estado que não costuma
aparecer entre os melhores
quando se trata de indicadores
educacionais: o Colégio Helyos,
de Feira de Santana, na Bahia.
Também constam do ranking
das 20 melhores dois colégios
do Piauí (o Instituto Dom Barreto, o melhor no Enem anterior, e o Educandário Santa
Maria Goretti) e um de Pernambuco (o Colégio Equipe).
Apenas duas instituições públicas estão nessa lista, mas,
mesmo assim, são colégios de
aplicação vinculados a universidades federais: o CAp da
UFRJ e o da Federal de Viçosa.
Esta é a segunda etapa de divulgação dos dados do Enem de
2007. Em novembro passado, o
MEC já havia divulgado que a
média dos estudantes da rede
pública estava muito abaixo da
dos da rede privada: 48 pontos
ante 69 na prova objetiva e 55
ante 63 na redação.
Analisando apenas as melhores escolas públicas, fica claro
que a rede federal destoa das
demais. Das 20 com melhores
médias no exame, 17 são federais. Novamente o Rio é o Estado com o maior número de instituições nessa lista, beneficiado pelo fato de a rede federal
ser maior no Estado. Das três
estaduais da lista, duas são vinculadas a universidades: o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio e o Técnico de Campinas, da Unicamp.
Para Paulo Fábio Salgueiro,
que já coordenou o vestibular
da Uerj e é subsecretário estadual de Educação, não é possível determinar, nas escolas do
Rio, uma característica única
que explique o bom resultado
dessas instituições. Ele lembra,
porém, que a origem social dos
alunos dessas instituições explica bastante o seu resultado.
"São alunos de nível cultural
muito elevado, mas esses colégios valorizam também o professor e pagam bons salários, o
que mantém uma equipe docente na instituição por muitos
anos, acumulando conhecimento. Não é à toa que os colégios públicos que se aproximam dos melhores da rede particular têm perfil semelhante:
clientela específica, bons salários e planos de carreira atrativos", diz Salgueiro.
Apesar de ter as melhores escolas, quando se analisa a média da rede particular, o Estado
do Rio não é o que aparece como melhor. Nas provas objetivas, por exemplo, a rede particular que se saiu melhor foi a do
Distrito Federal (73 pontos, na
média), seguida de Minas (72),
Paraná (71) e São Paulo (71).
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