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Sarney pede apoio do PMDB de SP a petista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tendência do PMDB e do PSB
paulistas, que lançaram no primeiro turno a candidatura da deputada federal pessebista Luiza
Erundina, é liberar o voto no segundo turno. Ou seja: uma neutralidade em relação à prefeita petista Marta Suplicy e ao tucano José Serra que permitiria aos dois
partidos manter pontes com o PT
no governo federal e com o PSDB
em São Paulo.
Ontem, o presidente do Senado,
José Sarney (AP), pediu para que
seus correligionários peemedebistas de São Paulo apóiem Marta. Sarney é um dos principais
aliados do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva dentro do PMDB.
"Defendo a tese de que o PMDB
deve apoiar, onde não tiver candidato, o [candidato] do PT, uma
vez que devemos consolidar a
nossa aliança [nacional]. Já fiz um
apelo ao presidente do PMDB de
São Paulo, Orestes Quércia. Seria
inteiramente importante para o
partido que nós apoiássemos o
PT em São Paulo", disse Sarney.
Na avaliação do PMDB e do
PSB, é mais provável a vitória de
Serra. Como os dois partidos são
aliados do PT no governo federal,
ficaria difícil apoiar o tucano.
O presidente estadual do
PMDB, Orestes Quércia, e o presidente nacional da sigla, Michel
Temer, poderiam justificar a neutralidade alegando que o PT paulistano foi hostil ao negar no primeiro turno a vaga de vice na chapa de Marta a um peemedebista.
Ontem, em almoço com o senador Aloizio Mercadante (PT-SP),
Temer lembrou que foi a prefeita
que disse não confiar no PMDB
ao justificar por que não aceitara
ceder ao partido o posto de vice.
A Folha apurou que Mercadante sinalizou com aliança em 2006.
Ele é pré-candidato em São Paulo
a governador.
Dirigentes nacionais do PSB,
partido que tem o ministério da
Ciência e Tecnologia (Eduardo
Campos), pressionam os filiados
de São Paulo a apoiar Marta.
(KA E FK)
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