|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÃO PAULO
Tucano afirma que não vai "descansar em cima de pesquisas"
Serra critica Mercadante, que se lançou ao governo do Estado
|
Serra espera voto malufista contra PT no 2º turno
RICARDO BRANDT
DA REPORTAGEM LOCAL
Confiantes de que os votos do
terceiro colocado Paulo Maluf
(PP) são contra o PT e migrarão
naturalmente para o PSDB, os tucanos acreditam numa ampliação
da vantagem de seu candidato a
prefeito de São Paulo, José Serra,
no segundo turno em relação à
prefeita Marta Suplicy (PT).
"O que vamos fazer é identificar
o nosso discurso com esse eleitorado. Porque o líder político não é
o dono do voto. Ele é o receptador", afirmou o deputado federal
Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha.
Com 734.580 votos, o eleitorado
malufista é o principal alvo dessa
estratégia. A interpretação dos tucanos é de que para os eleitores de
Maluf é incompatível uma aliança
dele com o PT, devido ao histórico de polarização do ex-prefeito
com os petistas, na capital.
Apesar de Serra ter afirmado
ontem que não pedirá apoio político pessoalmente, o partido já
trabalha para isso.
Uma reunião do conselho coordenador de campanha, que deveria acontecer na noite de ontem,
sob o comando de José Henrique
Lobo, definiria as estratégias para
a busca de apoio e os principais
interlocutores deste processo.
Segundo a Folha apurou, o
principal cacique dessas negociações políticas deve ser o deputado
federal Aloyzio Nunes Ferreira.
Outros dois principais negociadores serão o deputado federal
Walter Feldman e o deputado estadual Edson Aparecido.
Um dia após ser eleito para o segundo turno com vantagem de
quase oito pontos percentuais,
Serra afirmou que "não vai descansar em cima de pesquisas",
que o colocam em vantagem em
relação a Marta, e se esforçará para "aprofundar as diferenças" entre as duas propostas.
"Nós planejamos, a atual prefeitura não planeja. Eles não ligam
para custos e desperdícios. Nós
damos importância a isso. Eles
não têm políticas claras de prioridades do ponto vista social. Nós
temos. Eles não têm política para
a saúde. Nós temos. Eles têm política de educação distorcida, que
não dá atenção à qualidade do sistema educacional. Nós damos.
Enfim, é um conjunto de diferenças importantes", atacou Serra.
O candidato afirmou ainda que
"segundo turno é continuação do
primeiro". "Não tem essa história
de que é uma outra eleição completamente diferente. Não é, é
uma continuidade."
Em entrevista na rádio Jovem
Pan, Serra atacou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que declarou que deseja ser candidato ao
governo do Estado em 2006. "Se
ele tem pretensões políticas para o
futuro, é muito importante que
ele passe a se ater à verdade e não
continuar os truques mercadológicos, essas invenções que têm caracterizado a conduta desses adversários."
O candidato referia-se as afirmações feitas por Mercadante nos
programas do PT de que o governo Fernando Henrique Cardoso
não liberou financiamentos para
São Paulo.
"Isso não é verdade, já foi demostrado por uma matéria da Folha de São Paulo." O candidato
não citou que a mesma reportagem mostra que o PSDB também
maquiou dados em suas propagandas ao falar sobre a liberação
de verbas federais para a prefeita
Marta Suplicy (PT).
Texto Anterior: Negociações: PMDB condiciona parceria na capital a apoio a Baleia Rossi em Ribeirão Próximo Texto: PSDB oferece cargos em troca de apoio no segundo turno Índice
|