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Maia defende união do PFL para conquistar outras três prefeituras
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Destaque nacional do PFL no
pleito de domingo, quando se elegeu prefeito do Rio pela terceira
vez, Cesar Maia defendeu ontem
o fim das divergências na cúpula
do partido, a fim de que, no segundo turno, os pefelistas que
concorrem às prefeituras de Fortaleza, de Salvador e de Manaus
não sejam prejudicados.
Maia pregou a união do partido
porque o presidente nacional,
Jorge Bornhausen, e o senador
Antonio Carlos Magalhães, um
dos principais líderes do PFL, estão rompidos.
Nacionalmente, Maia identifica
uma "performance nitidamente
mais expressiva do PSDB e do
PT" em relação aos demais partidos. "Isso é um sinal para retomarmos aquilo que defendo há
tempos, que é a aliança com o
PSDB, e oferecermos uma alternativa nacional", disse ele, para
quem, em 2006, o "PFL poderia
participar com um de seus quadros como vice-presidente" de
chapa encabeçada pelo PSDB.
"O PFL precisa de um esforço
muito grande para manter a sua
unidade, que sempre foi uma
marca de força do partido. Espero
que as candidaturas do Moroni
Torgan [em Fortaleza] e do [senador] César Borges [em Salvador],
principalmente, porque o Amazonino [Mendes, em Manaus] está com uma vantagem muito
grande, sirvam para que todos
nós estejamos juntos no palanque
dessas candidaturas."
Maia valia que o PT "vai viver
uma situação curiosa" no segundo turno. "Ele teve grandes vitórias, mas duas prefeituras emblemáticas estarão em jogo: São Paulo e Porto Alegre. Inexoravelmente, se perder as duas, terá no imaginário popular, na visão dos analistas, perdido a eleição. Terá um
segundo turno muito delicado."
Maia disse se sentir inserido no
PFL e que não há a possibilidade
de uma mudança de partido. "O
PFL está cristalizando a presença
de nosso grupo político no Rio, e
ele está muito bem articulado
com o PFL nacional, com a presença do [deputado federal] Rodrigo [Maia, filho do prefeito] como vice-líder nacional. Acho que
essa articulação se aprofunda."
A presença de Maia em palanques em Salvador e Fortaleza não
está descartada, embora ele esteja
cético quanto à necessidade. "Não
sei direito se alguém me conhece
em Salvador e Fortaleza."
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