São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2004

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Maia defende união do PFL para conquistar outras três prefeituras

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Destaque nacional do PFL no pleito de domingo, quando se elegeu prefeito do Rio pela terceira vez, Cesar Maia defendeu ontem o fim das divergências na cúpula do partido, a fim de que, no segundo turno, os pefelistas que concorrem às prefeituras de Fortaleza, de Salvador e de Manaus não sejam prejudicados.
Maia pregou a união do partido porque o presidente nacional, Jorge Bornhausen, e o senador Antonio Carlos Magalhães, um dos principais líderes do PFL, estão rompidos.
Nacionalmente, Maia identifica uma "performance nitidamente mais expressiva do PSDB e do PT" em relação aos demais partidos. "Isso é um sinal para retomarmos aquilo que defendo há tempos, que é a aliança com o PSDB, e oferecermos uma alternativa nacional", disse ele, para quem, em 2006, o "PFL poderia participar com um de seus quadros como vice-presidente" de chapa encabeçada pelo PSDB.
"O PFL precisa de um esforço muito grande para manter a sua unidade, que sempre foi uma marca de força do partido. Espero que as candidaturas do Moroni Torgan [em Fortaleza] e do [senador] César Borges [em Salvador], principalmente, porque o Amazonino [Mendes, em Manaus] está com uma vantagem muito grande, sirvam para que todos nós estejamos juntos no palanque dessas candidaturas."
Maia valia que o PT "vai viver uma situação curiosa" no segundo turno. "Ele teve grandes vitórias, mas duas prefeituras emblemáticas estarão em jogo: São Paulo e Porto Alegre. Inexoravelmente, se perder as duas, terá no imaginário popular, na visão dos analistas, perdido a eleição. Terá um segundo turno muito delicado."
Maia disse se sentir inserido no PFL e que não há a possibilidade de uma mudança de partido. "O PFL está cristalizando a presença de nosso grupo político no Rio, e ele está muito bem articulado com o PFL nacional, com a presença do [deputado federal] Rodrigo [Maia, filho do prefeito] como vice-líder nacional. Acho que essa articulação se aprofunda."
A presença de Maia em palanques em Salvador e Fortaleza não está descartada, embora ele esteja cético quanto à necessidade. "Não sei direito se alguém me conhece em Salvador e Fortaleza."


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