São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2004
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PENÉLOPE CHARMOSA Andar num conversível por São Paulo atrai olhares de motoristas e pedestres. Principalmente se o carro for um Landau 1976 cor-de-rosa, de bancos com estampa de flores no mesmo tom e ornamentado com um desenho de Penélope Charmosa no capô. A bordo desse delírio kitsch, a empresária Deise Siman, 49, dirigiu com segurança. Sempre calma, conduzia em baixa velocidade e dava passagem aos apressadinhos, mesmo quando a preferencial era sua. "Dirijo sempre devagar. Não gosto de correr." A cautela, às vezes, era exagerada. No tráfego movimentado da av. Pacaembu, por exemplo, ela se manteve sempre mais devagar que o fluxo e segurava quem vinha atrás. Na tentativa de facilitar a vida dos outros motoristas, passou para a faixa da direita e invadiu a parte exclusiva dos ônibus. Mostrou boa noção de espaço na hora de cruzar de ponta a ponta a av. Paulista e obedecer a distância entre os outros veículos sem invadir as faixas vizinhas, mesmo com um carro de 5,30 m de comprimento por 1,95 m de largura. Perdeu pontos, no entanto, quando avançou o farol amarelo do cruzamento da Paulista com a alameda Campinas. O sapato de salto alto, que pode atrapalhar manobras bruscas, também foi reprovado. O avaliador, o ex-piloto Eduardo Marçon, elogiou a tranqüilidade. "Ela é calma, tem boa visão do tráfego e observa os retrovisores todo o tempo", concluiu. Texto Anterior: De salto alto Próximo Texto: Da costura ao táxi Índice |
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