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Carro velho dá
lição de traquejo
e de paciência
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nem todas as mulheres se
preocupam com cada detalhe do carro. A publicitária
carioca Carine Pieroni, 25,
até dois anos atrás dirigia
um Fiat Uno 91 que exigia
complicados malabarismos.
"O carro era horroroso, tinha quatro marchas, lanterna com mau contato e freio
de mão quebrado. Quando
amassava, eu mesma consertava, prendia o retrovisor
com fita isolante e seguia."
Ela trabalhava no alto de
uma ladeira. Após a subida,
"escorava os pneus com
quatro pedras que levava no
porta-malas", conta.
No dia em que a lanterna
caiu de vez, Pieroni a prendeu com esparadrapo. Mas,
graças ao antigo carro, ficou
mais relaxada: "Hoje, qualquer problema é fichinha".
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