São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2005 |
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Tsunami une destinos de negros e brancos
DA REDAÇÃO As histórias de duas tribos, uma o avesso da outra, encontraram-se na tragédia do último dia 26. De um lado, os jarawas, povo negro primitivo cujas origens remontam a 70 mil anos atrás, quando, saindo da África, migraram para o sul da Ásia. Hoje ameaçados de extinção, fracos, perseguidos e doentes, os poucos remanescentes dessa tribo viram a circunstância de povo acuado, condenado a viver embrenhado na floresta, revirar-se a seu favor. A ilha em que moram os jarawas está perto do epicentro do terremoto que causou o tsunami. Foi varrida pela fúria do mar. Quando já se lamentava o ponto final na história jarawa, ela recomeça: sobreviveram todos. Ashu, um deles, diz: seu grupo pretende se manter na floresta. A outra tribo é sueca -branca, loira, olhos azuis. Mora na beira do círculo polar ártico. No rigoroso inverno de seu país, indivíduos dessa tribo fogem para o calor tropical da Tailândia. Estendidos pelas praias, acabaram colhidos em cheio pelas águas. Muitos morreram. Na semana passada, o povo desacostumado com as grandes perdas mobilizava seus psicólogos para lidar com a dor de suas crianças. Texto Anterior: Risco para o Brasil é mínimo, mas existe Próximo Texto: Jawaras, há 70 mil anos na Ásia, se salvam da onda Índice |
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