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Brasileiros citam 35 mil definições para crenças
DA SUCURSAL DO RIO
Para uma pergunta única e
aberta -"Qual é a sua religião?"-, o IBGE recebeu cerca de
35 mil respostas diferentes, o que
dá uma idéia da variedade com
que o brasileiro define sua fé.
Excluídos católicos, evangélicos
e sem-religião, a proporção dos
que se disseram adeptos de outras
religiões chegou a 3,6% em 2000,
quando, em 1991, era de 2,41%.
"Há uma espécie de ebulição religiosa no Brasil, com a abertura
de possibilidades de oferta e uma
maior liberdade de escolha da população", afirma Reginaldo Prandi, sociólogo e professor da USP
(Universidade de São Paulo).
Com a consultoria do Iser (Instituto de Estudos da Religião), o
IBGE foi eliminando erros de denominação e repetições até chegar a 5.000 respostas, novamente
reagrupadas e reduzidas, no final,
a 144 classificações (incluindo os
sem-religião e os de religião não-determinada).
Depois de católicos apostólicos
romanos, evangélicos e sem-religião, o quarto grupo mais numeroso é o dos espíritas (como os
kardecistas), que soma 2,3 milhões de pessoas e representa
1,4% da população.
As religiões afro-brasileiras
(umbanda e candomblé) perderam adeptos, baixando seu percentual na população de 0,4%, em
1991, para 0,3%, em 2000.
O número de praticantes de religiões orientais cresceu, revelando
que há no Brasil mais budistas
(245 mil) do que adeptos da religião judaica (101 mil). Os seguidores da doutrina do profeta Maomé (islamismo) correspondem a
18,5 mil dos brasileiros.
O censo detalha também grupos que não apareciam nas estatísticas, como os praticantes de religiões esotéricas (67,2 mil) e de
tradições indígenas (10,7 mil).
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