São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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Brasileiros citam 35 mil definições para crenças

DA SUCURSAL DO RIO

Para uma pergunta única e aberta -"Qual é a sua religião?"-, o IBGE recebeu cerca de 35 mil respostas diferentes, o que dá uma idéia da variedade com que o brasileiro define sua fé.
Excluídos católicos, evangélicos e sem-religião, a proporção dos que se disseram adeptos de outras religiões chegou a 3,6% em 2000, quando, em 1991, era de 2,41%.
"Há uma espécie de ebulição religiosa no Brasil, com a abertura de possibilidades de oferta e uma maior liberdade de escolha da população", afirma Reginaldo Prandi, sociólogo e professor da USP (Universidade de São Paulo).
Com a consultoria do Iser (Instituto de Estudos da Religião), o IBGE foi eliminando erros de denominação e repetições até chegar a 5.000 respostas, novamente reagrupadas e reduzidas, no final, a 144 classificações (incluindo os sem-religião e os de religião não-determinada).
Depois de católicos apostólicos romanos, evangélicos e sem-religião, o quarto grupo mais numeroso é o dos espíritas (como os kardecistas), que soma 2,3 milhões de pessoas e representa 1,4% da população.
As religiões afro-brasileiras (umbanda e candomblé) perderam adeptos, baixando seu percentual na população de 0,4%, em 1991, para 0,3%, em 2000.
O número de praticantes de religiões orientais cresceu, revelando que há no Brasil mais budistas (245 mil) do que adeptos da religião judaica (101 mil). Os seguidores da doutrina do profeta Maomé (islamismo) correspondem a 18,5 mil dos brasileiros.
O censo detalha também grupos que não apareciam nas estatísticas, como os praticantes de religiões esotéricas (67,2 mil) e de tradições indígenas (10,7 mil).



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