São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Especialista precisa conhecer o esporte

DA REPORTAGEM LOCAL

Preconceito, falta de conhecimento e distância entre consultórios e campos e quadras. São alguns dos motivos apontados por especialistas para tentar explicar o pouco uso da psicologia do esporte no país.
"Não basta ser psicólogo, tem que conhecer o treinamento. O trabalho é mais um elemento de preparação do atleta, tem que estar inserido na rotina dele, conhecer seus problemas específicos", diz Renato Miranda.
"Se o país não avançar nesse quesito, podemos nos preparar para decepções", completa.
A delegação brasileira no Pan não terá psicólogo, diferentemente das Olimpíadas de Sydney-2000 e Atenas-2004.
"É como ter um técnico para mais de 500 atletas. Não surte efeito. Cada confederação e cada clube têm que desenvolver esse trabalho", diz Miranda.
Segundo os especialistas, um dos erros cometidos pelas entidades esportivas é atentar para necessidade de trabalhos de preparação psicológica apenas às portas das competições como Olimpíadas ou Pan-Americanos. Ou recorrer a palestras de auto-ajuda e atividades isoladas, que não ajudam a propiciar de fato um "treinamento mental" dos competidores.
"No Brasil, ainda se trabalha muito em cima dos sintomas. Quando se julga que a ajuda é necessária. Esse tipo de ação poderia ajudar preventivamente. Capacitar o atleta a agüentar as situações de estresse, as pressões pelo rendimento. Pode ser bem-feito desde as categorias de base", diz a psicóloga Márcia Pilla do Valle.


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