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Especialista precisa conhecer o esporte
DA REPORTAGEM LOCAL
Preconceito, falta de conhecimento e distância entre consultórios e campos e quadras.
São alguns dos motivos apontados por especialistas para tentar explicar o pouco uso da psicologia do esporte no país.
"Não basta ser psicólogo, tem
que conhecer o treinamento. O
trabalho é mais um elemento
de preparação do atleta, tem
que estar inserido na rotina dele, conhecer seus problemas específicos", diz Renato Miranda.
"Se o país não avançar nesse
quesito, podemos nos preparar
para decepções", completa.
A delegação brasileira no Pan
não terá psicólogo, diferentemente das Olimpíadas de
Sydney-2000 e Atenas-2004.
"É como ter um técnico para
mais de 500 atletas. Não surte
efeito. Cada confederação e cada clube têm que desenvolver
esse trabalho", diz Miranda.
Segundo os especialistas, um
dos erros cometidos pelas entidades esportivas é atentar para
necessidade de trabalhos de
preparação psicológica apenas
às portas das competições como Olimpíadas ou Pan-Americanos. Ou recorrer a palestras
de auto-ajuda e atividades isoladas, que não ajudam a propiciar de fato um "treinamento
mental" dos competidores.
"No Brasil, ainda se trabalha
muito em cima dos sintomas.
Quando se julga que a ajuda é
necessária. Esse tipo de ação
poderia ajudar preventivamente. Capacitar o atleta a
agüentar as situações de estresse, as pressões pelo rendimento. Pode ser bem-feito desde as categorias de base", diz a
psicóloga Márcia Pilla do Valle.
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