São Paulo, Sábado, 13 de Março de 1999
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Chesf nega problema com água de reservatório

da Agência Folha, em Maceió

O diretor operacional da Chesf (Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco), Paulo de Tarso, descartou ontem a hipótese de que o blecaute poderia ter ocorrido por causa do baixo volume de água nos reservatórios das nove hidrelétricas da estatal.
Técnicos de Itaipu e Furnas trabalharam com esta hipótese durante todo o dia de ontem até serem informados de que a causa do blecaute foi a ocorrência de um raio numa subestação em Bauru.
A Chesf, segundo ele, vem comprando entre 15% e 20% da energia consumida no Nordeste da usina de Tucuruí, no Pará, hidrelétrica que no momento do blecaute também transferia suas sobras para o sistema de Itaipu.
Não há, segundo ele, uma ligação direta entre o sistema Furnas e o nordestino da Chesf. Essa interligação ocorre via Eletronorte, passando pelas regiões Centro-Oeste e Norte.
"Estamos comprando energia de Tucuruí para gerenciar a água do São Francisco que está sendo abastecido pelas chuvas que vem atingindo Minas Gerais. Não há a menor possibilidade técnica de o blecaute ter sido provocado por supostas deficiência do sistema Chesf", afirmou. Tarso disse ainda que, apesar de os reservatórios da hidrelétrica ainda estarem baixos, a Chesf teria condições de abastecer a região sem precisar "importar" energia de Tucuruí.


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