da Reportagem Local

Os paulistanos que saíram cedo de casa ontem de manhã ainda sentiram os efeitos do blecaute no trânsito da cidade. Pelo menos 5% (230) dos 4.300 semáforos da cidade sofreram panes causadas pela queda na transmissão de energia.
Como consequência, os congestionamentos começaram mais cedo e foram maiores que o normal.
Numa sexta-feira, com rodízio municipal, o pico da manhã é registrado sempre por volta das 9h e não tem ultrapassado a casa dos 80 km. Ontem, o pico foi de 90 km, às 8h30. Na sexta-feira passada, 70 km, às 9h.
Às 10h30 de ontem, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 80 semáforos ainda estavam quebrados e todo o efetivo da companhia estava nas ruas, principalmente no centro e nas regiões sudoeste e noroeste.
Os maiores problemas foram registrados nos corredores 13 de Maio/Brigadeiro Luís Antônio, avenida Francisco Matarazzo, Rebouças, 23 de Maio, Faria Lima e Juscelino Kubitscheck.
De manhã, enquanto a PM e as delegacias de polícia afirmavam ter registrado poucas ocorrências durante a noite, as vítimas do blecaute lotavam as delegacias.
No 27º DP (Campo Belo) foram registradas 24 ocorrências, a maioria relativas a fatos ocorridos pouco antes e depois do blecaute. Quem esteve na delegacia durante a falta de energia não conseguiu boletim de ocorrência, pois não havia máquinas de escrever para substituir os computadores.
Foi o caso do gerente de importadora Ronaldo Brun Nascimento, 23, que teve o carro roubado durante o blecaute e esteve no DP à noite, mas só fez o BO na manhã seguinte. (MARCELO OLIVEIRA)

Texto Anterior: Edição da Folha é entregue com atraso
Próximo Texto: Fogo destrói apartamento no Rio
Índice