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Salvador é recordista de público
CHRISTIANNE GONZÁLEZ
da Agência Folha, em Salvador
Recordista de público no Brasil neste
ano, o Museu de Arte Moderna da Bahia,
em Salvador, não oferece apenas exposições de pinturas aos seus visitantes. Localizado no Solar do Unhão, o museu
abriga uma exposição permanente de esculturas (Siron Franco, Carybé, Tunga,
Mestre Didi, Mário Cravo Júnior e Emanuel Araújo) e mantém uma programação semanal de shows de música.
O MAM baiano recebe 50 mil pessoas
ao mês -30% a mais que o Museu de
Arte Moderna de São Paulo. Segundo seu
diretor, Heitor Reis, o público começou a
aumentar a partir de 1993, com exposições de grandes artistas: "Somente com
os trabalhos de Franz Kracjberg, tivemos
70 mil visitantes em 60 dias de exposição". O MAM exibiu neste ano esculturas do venezuelano Jésus Soto e desenhos
do pintor espanhol Francisco Goya.
Reaberto em 1991, após uma reforma
que custou US$ 2 milhões, o MAM baiano passou a fazer parte da programação
de lazer de universitários e profissionais
liberais de Salvador nos fins-de-semana.
Segundo Reis, o que atrai o público é a
diversificação cultural. "Fazemos diversos eventos na área do museu, desde lançamentos de livros até shows para 2.000
pessoas. Tudo isso, aliado à realização de
grandes exposições", declarou.
O diretor disse que as exposições nacionais e internacionais ficaram mais
acessíveis depois que o museu fez convênios com instituições do Rio, São Paulo,
Recife, Paris, São Francisco e Nova York:
"Este ano, temos um orçamento de R$ 2
milhões para investir em projetos".
Fundado em 1959 sob a direção da arquiteta Lina Bo Bardi, o MAM baiano
possui um acervo de mil peças, avaliadas
em cerca de US$ 20 milhões. É talvez o
principal MAM criado na esteira de seus
congêneres do Rio e São Paulo, ambos
fundados em 1948. Além dele, existe o
MAM de Resende (RJ), de 1950, o de Recife (PE), de 1997, e o Museu da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), de 1957.
A partir dos anos 60, proliferam os
museus de Arte Contemporânea: em São
Paulo (1963), Olinda (1965), Campinas
(1965), Curitiba (1970), Goiânia (1987),
Campo Grande (1991) e Niterói (1993).
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