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Chateaubriand renovou acervo
da Redação
Gilberto Chateaubriand montou sozinho a maior coleção de arte brasileira,
hoje cedida em comodato ao MAM-RJ.
Seu acervo, com mais de 4.000 obras, supera o da maioria dos museus do país.
Essa coleção, porém, deve muito pouco
a seu pai, Assis Chateaubriand, criador
do Museu de Arte de São Paulo, que não
se dava muito bem com os filhos. Do fundador dos Diários Associados, Gilberto
só ganhou quatro pinturas, além de herdar uma fazenda em Porto Ferreira (SP).
Começou seu acervo em 1953, quando
conheceu o pintor paulista José Pancetti
(1902-1958) em Salvador, que lhe deu
uma "Paisagem de Itapoã". Começou
então a adquirir quadros de Pancetti a
prestação, com seu salário de diplomata.
Depois compraria Anita Malfatti
("Floresta"), Vicente do Rego Monteiro
("Adoração dos Reis Magos"), Lasar
Segall ("Família"), Tarsila do Amaral
("Urutu"), Portinari ("Retrato de João
Cândido"), Guignard ("O Domador"),
Di Cavalcanti ("Mulheres com Violões"), Brecheret ("A Mulher"), Goeldi
("Pescador"), além de Iberê Camargo,
Cícero Dias, Ismael Nery, Alfredo Volpi.
Sempre preferiu a arte figurativa dos
anos 20 aos 50, mas hoje compra de tudo.
Em 97, expôs 84 novas aquisições: Lygia
Clark, Cildo Meireles, Ione Saldanha.
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