São Paulo, terça, 14 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chateaubriand renovou acervo

da Redação

Gilberto Chateaubriand montou sozinho a maior coleção de arte brasileira, hoje cedida em comodato ao MAM-RJ. Seu acervo, com mais de 4.000 obras, supera o da maioria dos museus do país.
Essa coleção, porém, deve muito pouco a seu pai, Assis Chateaubriand, criador do Museu de Arte de São Paulo, que não se dava muito bem com os filhos. Do fundador dos Diários Associados, Gilberto só ganhou quatro pinturas, além de herdar uma fazenda em Porto Ferreira (SP).
Começou seu acervo em 1953, quando conheceu o pintor paulista José Pancetti (1902-1958) em Salvador, que lhe deu uma "Paisagem de Itapoã". Começou então a adquirir quadros de Pancetti a prestação, com seu salário de diplomata.
Depois compraria Anita Malfatti ("Floresta"), Vicente do Rego Monteiro ("Adoração dos Reis Magos"), Lasar Segall ("Família"), Tarsila do Amaral ("Urutu"), Portinari ("Retrato de João Cândido"), Guignard ("O Domador"), Di Cavalcanti ("Mulheres com Violões"), Brecheret ("A Mulher"), Goeldi ("Pescador"), além de Iberê Camargo, Cícero Dias, Ismael Nery, Alfredo Volpi.
Sempre preferiu a arte figurativa dos anos 20 aos 50, mas hoje compra de tudo. Em 97, expôs 84 novas aquisições: Lygia Clark, Cildo Meireles, Ione Saldanha.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.