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SMASHING PUMPKINS
Hoje, Rio; Domingo, SP
Banda de Chicago toca pela 2ª vez no Brasil, em show da turnê do CD 'Adore'; o guitarrista James Iha fala à Folha
A abóbora perfeita
LEANDRO FORTINO
da Reportagem Local
O Smashing Pumpkins finaliza na
América do Sul a turnê que rodou a
Europa e os EUA nos últimos três
meses e meio. O trio vem para divulgar seu quarto álbum (sem contar
uma coletânea e um mini-LP),
"Adore", lançado em junho.
Liderado pelo maior perfeccionista
do rock americano, o guitarrista, vocalista e principal letrista Billy Corgan, o grupo deixou de ser um quarteto em 96, pouco mais de seis meses
depois de se apresentar no festival
Hollywood Rock, quando o baterista
Jimmy Chamberlain foi expulso por
se envolver na morte por overdose
de heroína do tecladista que acompanhava a banda nas turnês.
O baterista formava com Corgan a
cozinha criativa da banda, que compôs as bases para os álbuns de sucesso "Siamese Dream" e "Mellon
Collie and the Infinite Sadness".
Os outros dois integrantes, a baixista D'Arcy Wretzky e o guitarrista
James Iha, apenas reproduziam as
composições criadas pelos dois.
Em entrevista à Folha, por telefone, de Miami (EUA), o guitarrista James Iha falou sobre gravar sem um
baterista e sobre os shows da turnê.
Folha - Como é gravar sem baterista?
James Iha - Tivemos três bateristas
no disco, e também usamos uma bateria eletrônica e "loops". Não foi muito diferente. Costumávamos, antes do
Jimmy, tocar apenas com uma bateria
eletrônica. Na turnê estamos trazendo
um baterista que tocará todas as faixas.
Folha - O título "Mellon Collie and
the Infinite Sadness" (melancolia e a
infelicidade sem fim) não seria mais
adequado para o novo álbum?
Iha - Algumas das músicas têm temas tristes, mas as pessoas estão encarando o disco de maneira errada. Não
queríamos que fosse um disco triste.
Folha - Como foi trabalhar sob a produção de Billy Corgan?
Iha - Ele co-produziu a maior parte
do disco. Não foi uma grande diferença. Nós apenas não tivemos um grande
produtor por perto. Com um produtor
há uma opinião objetiva, mas não dá
para experimentar muito.
Folha - Billy Corgan diz que "Adore"
não é um disco de rock. O que é então?
Iha - O que é? Não sei. É difícil de
dizer. É basicamente um disco com
boas bases e boas letras.
Folha - Como foi a experiência de tocar no Brasil, em 96?
Iha - Foi muito bom. Todas as pessoas que encontramos foram muito legais, o tempo estava ótimo e a comida
era muito boa.
Iha - Vocês planejam algo especial
para os dois shows no Brasil?
A turnê é basicamente a mesma que
estamos apresentado neste momento
nos EUA. A maior parte do repertório
é do novo disco. É um bom show, mas
tocamos apenas algumas faixas velhas.
O Smashing Pumpkins
acabou de rodar
nos EUA o seu
novo videoclipe,
"Perfect", o
segundo de
"Adore" (o
primeiro foi
"Ava Adore"),
que pretende
ser uma
continuação do
sucesso
"1979", do
álbum anterior,
"Mellon Collie
and the Infinite
Sadness"; a
música segue a
mesma batida
repetitiva do hit
e faz parte do
repertório da
turnê que chega
hoje ao país
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