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No banco, os juros caem e os prazos aumentam
Para especialistas, aderir a um consórcio pode ser mau negócio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar do variado leque de
modalidades de financiamento
bancário, a competitividade
deixa cada vez mais parecidas
as condições oferecidas pelos
bancos: juros de cerca de 12% e
até 360 meses para pagar.
Os juros mais baixos são os
das linhas que usam recursos
do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço). O menor
é o da Caixa Econômica Federal, que oferece 6,17% anuais,
mas para quem possui renda
mensal bruta de até R$ 1.875.
Para os que têm renda familiar mais polpuda -de até
R$ 4.900 mensais brutos-, é
possível achar juros de 8,16%
para financiar imóveis de até
R$ 120 mil, no Itaú, ou de até
R$ 130 mil, na Caixa Econômica Federal. Quem tem conta
vinculada ao FGTS há mais de
três anos tem essa taxa de juros
reduzida em 0,5% em ambos.
A longo prazo
Com juros semelhantes, a última estratégia dos bancos foi
oferecer até 360 prestações.
"Planos super longos, de até 30
anos, são plenamente desaconselháveis. É um comprometimento durante período muito
longo, e o acúmulo de juros é
grande", diz Ricardo Rocha, 46,
professor do Ibmec São Paulo.
Consultores não vêem o consórcio com bons olhos. "Quem
não tem dinheiro para dar um
bom lance paga para poupar",
analisa Rocha.
Em média, o valor do lance
contemplado no primeiro mês
vale 50% do crédito. "Já seria
mau negócio, pois a taxa correspondente seria maior que a
do financiamento [do banco]",
calcula o economista José Dutra Sobrinho. Para fazer as contas, confira ao lado as condições
de consórcios e bancos.
Segundo Rocha, muitas pessoas que aderem ao consórcio
têm a ilusão de que serão sorteadas rapidamente. Enquanto
isso, despesas com aluguel e
condomínio continuam.
Ao colocar na poupança o valor da parcela de um consórcio
de 120 meses para uma carta de
R$ 150 mil, uma pessoa levaria
69 meses para reunir essa
quantia, calcula Roy Martelanc, professor de finanças da
FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de
São Paulo). Em 120 meses, acumularia R$ 335 mil.
(ECL)
NA INTERNET
www.folha.com.br/081613
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