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Boom imobiliário ajuda a reduzir temperatura e nível de poluição
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem pretende morar longe
de ambientes com poluição
carregada -principalmente da
que vem da frota de veículos-
deve manter distância do anel
viário que é formado pelas
marginais Pinheiros e Tietê e
pelas avenidas Salim Farah
Maluf e Bandeirantes.
Como são regiões de vales, a
dispersão dos poluentes é menor, porque o ambiente atmosférico é bastante estável.
Quando esses poluentes, como o monóxido de carbono e as
partículas inaláveis, chegam à
periferia da cidade, reagem
com a luz do sol e se transformam no gás ozônio, que é prejudicial à saúde.
Ter as temperaturas mais altas da cidade e grande concentração de ozônio não são sinais,
porém, de que tudo está perdido nas regiões periféricas de
São Paulo.
"Próximo ao Tatuapé, no
Jardim Anália Franco [zona
leste de São Paulo], o investimento imobiliário abrandou a
temperatura local, e a poluição
diminuiu", afirma o geógrafo
Gustavo Armani, pesquisador
do Instituto Geológico.
"Com planejamento, o dinheiro consegue melhorar o
clima", defende o pesquisador.
Para Armani, a Mooca será o
próximo bairro a passar por
uma transformação como essa.
Segundo o geógrafo, quando
os lotes são planejados, e as
construções, espaçadas entre si
e entremeadas de vegetação, a
temperatura fica mais amena
-diferentemente do que ocorre em locais sem planejamento,
em que as casas são construídas
"grudadas" umas às outras.
(RGV)
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