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EDUCAÇÃO
Demanda por qualificação impulsiona crescimento
Ensino a distância e corporativo são novidades promissoras do setor
FERNANDA NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um dos principais motivos
para a expansão do setor educacional é a demanda do mercado por profissionais cada vez
mais qualificados. Por isso, o
número de estudantes no ensino superior só cresce.
Nas instituições privadas,
por exemplo, que correspondem a 72% do setor, havia 3 milhões de alunos em 2004. Em
cinco anos, esse número deve
chegar a 8 milhões, segundo
Renato Souza Neto, 36, sócio-diretor da Paulo Renato Souza
Consultores, que dá aconselhamento estratégico a universidades.
Com essa perspectiva de
grande demanda de alunos, as
instituições internacionais
consideram o mercado brasileiro muito atrativo. É o que diz
um estudo da Sylvan International Universities, grupo educacional norte-americano que
já tem universidades na Espanha, no México, na França, na
Suíça, na Índia e no Chile.
"Mas só as escolas muito bem
administradas poderão virar
alvo de investidores estrangeiros", explica Souza Neto.
É por esse motivo também
que as instituições começam a
contratar especialistas em
marketing, recursos humanos,
tecnologia e administração. Todos profissionais que podem
garantir boas gestões de negócios. "Todos que puderem contribuir com novas linguagens,
pesquisas e inovações vão se
dar bem", afirma Lizete Araújo,
48, vice-presidente de planejamento estratégico da ABRH
(Associação Brasileira de Recursos Humanos).
Outras portas abertas são as
áreas de educação a distância e
corporativa. Em 2000, eram
apenas dez os cursos a distância, com 1.600 matriculados.
Em 2004, esses números subiram para 107 e 59.600, respectivamente, segundo o Ministério da Educação. De acordo
com Carlos Monteiro, especialista em gestão de instituições
de ensino superior e presidente
da CM Consultoria, quem tiver
interesse e qualificação para
atuar neste ramo terá emprego
e possibilidade de ganhos altos.
É interessante ter formação
em comunicação e tecnologia,
mas pedagogos, advogados e
administradores também têm
chance, desde que façam alguma especialização.
No caso da educação corporativa, os programas de estudos
são oferecidos nas empresas
para capacitar funcionários,
clientes e fornecedores e, assim, adequá-los às características das companhias.
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