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TECNOLOGIA
Matemáticos e físicos atuam em informática
Curso de engenharia mecatrônica também tem espaço garantido
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem quer atuar na área de
tecnologia e se sente pouco
atraído por cursos como sistemas de informação, engenharia
da computação ou análise de
sistemas tem pelo menos outros dois setores para abrigar
sua graduação: os cursos científicos, como física e matemática,
ou as engenharias de automação e mecatrônica.
Uma das vantagens de quem
parte da área científica para a
tecnológica deve-se ao fato de
que há uma proximidade crescente das empresas com os
cientistas e, por isso, os profissionais da área precisam ter
formação cada vez mais ampla.
"Cada vez mais as empresas
percebem a importância de ter
profissionais com formação
científica sólida", explica José
D'Albuquerque e Castro, 54,
professor do Instituto de Física
da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Ainda segundo Castro, setores do governo e do empresariado estão se conscientizando
da necessidade de investir na
tecnologia nacional. Isso faz
com que a demanda por profissionais capazes de atuar tanto
na criação quanto na confecção
de novos produtos seja cada vez
maior.
O físico Rubens Abbud de
Campos, 34, não precisou analisar tantos fatores para se decidir pela informática. "Muita
política e pouco dinheiro." Essa
é a resposta dele para quem lhe
pergunta por que não seguiu a
carreira acadêmica de física.
Campos, que se formou na
USP em 2000 e desde a época
da faculdade trabalha com informática, diz que dois terços
de seus colegas acabaram indo
para essa área. Sobre a habilidade dos físicos em resolver
problemas, Campos concorda
com o professor da UFRJ e diz
que o que mais utiliza da faculdade é o "raciocínio lógico".
Mecatrônica
Quem se forma na área de automação, geralmente, tem funções diferentes de quem estuda
informática. Com formação básica em engenharia, os profissionais da área atuam em linhas de produção industrial,
programam braços mecânicos,
sensores e dispositivos que diminuem o tempo que os mais
diversos artigos levam para ser
produzidos, empacotados e distribuídos. Na construção civil e
na mineração, os engenheiros
de mecatrônica também são
bastante requisitados. Programam máquinas capazes de executar ações como explodir e
moer rochas, carregar caminhões, içar vigas e lançar cabos
de alta-tensão.
Segundo o chefe do Departamento de Engenharia Mecânica e Mecatrônica da PUC de
Minas, Tarcísio José de Almeida, 47, a automação do processo produtivo só deve aumentar
com o avanço tecnológico e isso
faz com que os profissionais da
área sejam cada vez mais valorizados. "A automação veio para ficar e vai avançar cada vez
mais", afirma o professor.
(TC)
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