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DURANTE
Profissional ganhou nota 7,9; reclamação principal dos clientes é a "falta de clareza"
Corretor passa, mas atendimento é falho
DA REDAÇÃO
Definido qual apartamento será
comprado, começa a etapa burocrática da negociação. É hora de
detalhar propostas com o corretor, estudar cláusulas contratuais
e consultar advogados -tudo para "amarrar" bem a transação.
De acordo com a pesquisa Da-
tafolha, o profissional que acompanha de perto essa etapa -o
corretor- é bem avaliado. A nota
média que recebeu foi 7,9.
Parte significativa (29%), contudo, não cumpriu o papel de esclarecer todas as dúvidas contratuais
dos compradores.
Apesar da falha, o presidente do
Creci-SP (conselho de corretores), José Augusto Viana Neto,
avalia que o resultado foi positivo.
Um dos motivos, segundo ele, é a
maior valorização da atividade.
"Antigamente, quem perdia o
emprego ou não sabia o que fazer
virava corretor. Hoje, as pessoas
seguem a carreira por opção."
Um cuidado simples que pode
evitar dor de cabeça futura é guardar panfletos publicitários que
descrevam como será o apartamento comprado na planta. A
maioria (74%) toma a precaução.
"É importantíssimo", diz Sérgio
Herrera, presidente da Abami
(Associação de Advogados do
Mercado Imobiliário). "Se determinada característica que estava
no panfleto não estiver no memorial descritivo, o cliente pode pedir redução no valor a pagar."
Problemas
Ainda durante a negociação, 7%
dos pesquisados tiveram problemas com a imobiliária. Desses,
21% reclamaram do mau atendimento, 12% criticaram a demora
nas chaves, apesar de não ser responsabilidade dela, e 10% tiveram
problemas com documentos.
Quando acionadas para resolver os casos, as imobiliárias foram
reprovadas. A nota média para o
atendimento recebido foi 4,4. A
avaliação mais recorrente foi zero
(23% dos casos). No extremo
oposto, só 6% deram nota dez.
"Para evitar esse tipo de coisa,
não pode haver funcionários desinformados dentro da empresa.
Todos têm de saber dar informações sobre os empreendimentos",
afirma Otávio Lapenta, gerente de
marketing da Triumpho, que, segundo ele, tem quatro gerentes
para o atendimento pós-venda.
Para não depender só da imobiliária, 46% dos entrevistados pelo
Datafolha buscaram advogados.
"É um número muito baixo",
pondera o advogado Flávio Gonzaga, sócio do Machado, Meyer,
Sendacz e Opice. Segundo ele, os
honorários para a assessoria vão
de 1% a 2% do valor da transação.
Para escolher um profissional
especializado no setor imobiliário, ele recomenda que o comprador peça indicações a amigos ou
consulte a Mesa de Debates de Direito Imobiliário (tel. 0/xx/11/
3038-1000). As imobiliárias também costumam ter advogados à
disposição.
(RE E RGV)
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