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Agentes do FBI vão se infiltrar em vôos comerciais
DA REDAÇÃO
O secretário do Departamento
de Justiça dos EUA, John Ashcroft, disse ontem que agentes federais irão voar em aviões comerciais para tentar evitar a ocorrência de ataques terroristas como os
da semana passada.
Ele se recusou a comentar as especulações que a imprensa dos
EUA tem feito sobre as investigações, alegando que, ao fornecer
detalhes das atividades do FBI, o
trabalho dos investigadores pode
ser prejudicado.
"Acreditamos que cúmplices
dos sequestradores que têm laços
com organizações terroristas possam estar ainda nos EUA", disse
Ashcroft.
O diretor do FBI, Robert Mueller, revelou ontem que o órgão
mantém 49 pessoas detidas. Alguns seriam suspeitos de envolvimento com o atentado, outros só
estariam sob custódia por problemas com o serviço de imigração.
Mais 170 suspeitos
O FBI procura ainda mais de 170
pessoas suspeitas para interrogatório, informou uma fonte da instituição que pediu anonimato.
Os investigadores seguem no
momento mais de 50 mil pistas
-cerca de 7.700 telefonemas e 47
mil pistas oriundas da Internet.
A rede norte-americana
MSNBC afirmou que 25 dos detidos apenas estão sob custódia do
FBI por violação das leis de imigração, aparentemente sem nenhuma ligação com os atentados.
Potenciais envolvidos
Pelo menos 70 novos nomes de
suspeitos foram enviados domingo à lista que o FBI divulga a todas
as instituições judiciais e grandes
companhias aéreas do país.
O porta-voz do Departamento
de Justiça, Mindy Tucker, deixou
claro que a lista não se refere apenas aos que possam estar diretamente envolvidos nos atentados,
mas arrola principalmente os nomes daqueles que a polícia federal
dos EUA considera como potenciais envolvidos em futuras ações
terroristas.
"O mais importante que podemos fazer é identificar se existem
ameaças potenciais e eliminar essas ameaças", disse Tucker.
A Casa Branca continua apontando o líder terrorista Osama bin
Laden como "principal suspeito"
dos atentados, mas as autoridades
norte-americanas ainda não
apontaram nenhum vínculo convincente entre os 19 supostos perpetradores dos atentados e o extremista saudita.
Bin Laden, por sua vez, voltou a
negar anteontem, em um comunicado, o qualquer envolvimento
com os atentados.
Com agências internacionais
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