São Paulo, quarta-feira, 19 de setembro de 2001

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Consulado divulga Estado de origem de 5 procurados

DA REPORTAGEM LOCAL

Há cinco brasileiros desaparecidos desde o atentado ao WTC. Pelas informações fornecidas por familiares ao Consulado do Brasil em Nova York, eles deveriam estar nas torres na hora do ataque.
Segundo o consulado, são dois paulistanos, uma mineira, um capixaba e um gaúcho. O órgão não informa os nomes dos desaparecidos, mas três deles já tiveram a identidade confirmada por suas famílias. Os paulistanos são Ivan Kyrillos Barbosa, 30, e Anne Marie Sallerin Ferreira, 29. A mineira é Sandra Smith, 37.
Familiares dos três já encaminharam ao centro de buscas da Prefeitura de NY objetos que podem ser úteis para identificar os corpos por exames de DNA. No caso de Ivan, a mãe dele tentará embarcar para os EUA esta semana. No de Sandra, a família marcou para hoje, às 18h, uma missa de 7º dia.
Ontem, representantes consulares foram chamados para uma reunião na prefeitura de NY para receber orientações sobre como serão os testes de DNA. O consulado encaminhou cartas às famílias do capixaba e do gaúcho pedindo as informações necessárias aos exames.
O órgão divulgou que um dos dois deveria estar fazendo pagamentos nas torres.
Os cinco brasileiros são os únicos desaparecidos remanescentes de uma lista de 93 nomes que foram procurados pelo consulado. Desses, 77 foram encontrados sem ferimentos e 11 tiveram apenas dados parciais fornecidos por familiares.
Entre os 5.422 desaparecidos, há cidadãos de pelo menos 62 países, mas apenas 218 corpos foram achados -152 identificados.
O Consulado do Brasil em NY negou ontem ter sido informado pelo santista Hermes Barbosa Lima, 23, sobre a possibilidade de ele ter sido vítima de espancamento por questões raciais. Lima foi agredido por 15 jovens na quarta passada.
De acordo com o cônsul-geral Flávio Perri, o rapaz disse ao consulado que suspeitava que a agressão ocorrera porque a região onde estava era ponto de tráfico.
O brasileiro, que chegou ontem ao país, disse que os agressores nada disseram durante o espancamento, mas sustentou ter afirmado ao consulado que suspeitava ou de traficantes ou de ter sido confundido com um imigrante árabe.


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