São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

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Produção musical une tecnologia e composição

Saber ler fichas técnicas e tocar algum instrumento ajudam na formação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A figura dos produtores musicais ganha força a cada dia no mercado fonográfico. São eles os responsáveis por alinhar o potencial dos artistas ao que o mercado quer.
De acordo com Marli Batista Ávila, coordenadora do curso de produção musical da Anhembi Morumbi, existem dois perfis de ingressantes: jovens sem experiência e profissionais da área com sua própria gravadora.
"Essas classes heterogêneas ganham em todos os sentidos, pois se complementam. As oportunidades são criadas pelos profissionais, que absorvem os novos talentos", afirma.
Na cidade de Tatuí (147 km de SP), onde já existe o Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, estrategicamente foi montado o curso de produção fonográfica da Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo).
Segundo o coordenador Luiz Antonio Galego Fernandes, o curso oferece tecnologia em apoio à música. De acordo com os estudantes Ademilson Neris, 20, e Erika Otto, 21, há três vertentes que são ensinadas na faculdade: tecnologia, teoria musical e composição.
"Saber tocar algum instrumento ajuda bastante na tarefa de produzir", diz Neris. Rick Bonadio, 41, diretor do selo Midas Music, distribuído pela Universal Music, é taxativo: "Trabalho com bandas que têm potencial para fazer sucesso". Mas montar um estúdio e começar gravando tudo o que aparece é bom para aprender o "dó-ré-mi" da profissão.
Bonadio conta que passou madrugadas numa pequena casa gravando desde axé-gospel até bandas de rock pesado. "Tem que gostar muito de música, ler fichas técnicas e manuais, saber tocar algum instrumento e ouvir de tudo", diz o produtor.
Segundo ele, é preciso muito tempo em estúdio para adquirir todos os conhecimentos técnicos, que darão as credenciais para produzir as grandes bandas.
Além de trabalhar no estúdio com o artista, fazendo a produção de um disco ou a mixagem de uma música, o profissional também poderá atuar como diretor artístico -no intermédio entre a gravadora e o artista- e empresário -administrando a carreira da banda.
O campo de trabalho também ganha uma nova área a partir de 2011: as escolas. A lei federal nº 11.769 prevê a obrigatoriedade do ensino de música em todas as instituições públicas ou privadas.
(THIAGO AZANHA)

FOLHA.com
Ouça entrevista com o produtor musical Rick Bonadio
folha.com.br/mm797966


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