São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2004

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PALMEIRAS

Reencontro com grandes segue roteiro da Série B

Em 2003, o Palmeiras conquistou o título da Série B do Campeonato Brasileiro e enterrou para sempre o pior período de sua história que completará 90 anos, certo? Nem tanto.
A partir de amanhã, quando estrear no Estadual-04 diante do Paulista, e oficialmente abrir a temporada que marca sua volta à elite do futebol nacional, o time do Parque Antarctica ainda terá de relembrar paisagens e situações experimentadas em sua passagem pela segunda divisão.
O clube que passou sete meses visitando estádios menores, com gramados nem sempre bem cuidados, para enfrentar equipes cuja característica não é a qualidade técnica, terá de repetir o roteiro.
Como na Série B, quando o sofrimento tornou seus fãs mais fieis, no Paulista o Palmeiras atuará em estádios modestos, diante de torcidas acanhadas.
Além de jogar no Parque Antarctica, cuja capacidade não chega a 30 mil, na primeira fase o time atuará no Anacleto Campanella (30 mil), contra o São Caetano, no Dr. Novelli Jr. (20 mil), diante do Ituano, no Herminío Ometto (22 mil), para pegar o União São João, e no Wilson de Barros (26 mil), perante o Mogi Mirim.
Sem contar os clássicos, a exceção será o jogo com o Marília, a ser disputado no Prudentão, com capacidade para 65 mil pessoas -a FPF vetou o estádio do time do interior, o Bento de Abreu, que pode receber 17.500 torcedores.
"O Paulista é parecido com a Série B. É muita vontade, muita pegada", diz o técnico Jair Picerni.
O que quebrará a sensação de "déjà vu" palmeirense será justamente o que sua torcida e seus jogadores mais anseiam: o reencontro com seus maiores rivais.
A última vez que enfrentou um dos outros três grandes paulistas foi há quase 11 meses, no próprio Estadual. No dia 8 de março do ano passado, o Palmeiras fez a segunda partida das semifinais diante do arqui-rival Corinthians.
Neste ano, apesar de o regulamento do campeonato dificultar um reencontro com os corintianos e também com o São Paulo -com quem não joga desde o Brasileiro-02- durante o Estadual, pelo menos um clássico já está garantido: contra o Santos, colega do Grupo 2, marcado para 1º de fevereiro.
"Vai ser bom jogar clássicos. Não vejo a hora de pisar no gramado do Morumbi. Nunca joguei lá, nem quando era juvenil. Só de falar, me arrepio", diz um ansioso Diego Souza, que jamais disputou um Paulista como profissional.
A despeito disso tudo, a expectativa no Palmeiras, que não vence um Paulista desde 1996, é que o time possa fazer um "bom Paulista". Quem define o que é considerado bom é o volante Magrão: "Bom Paulista? Para quem joga no Palmeiras, bom Paulista é terminar como campeão".


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