São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2001

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No Piauí, 42,9% não têm o equipamento

DA SUCURSAL DO RIO

O Piauí é o Estado com as piores condições de saneamento básico do país. A situação é tão dramática que 42,93% dos domicílios não têm banheiro ou sanitário -o que significa um universo de 283.985 casas-, e 82 dos seus 220 municípios não são ligados à rede geral de esgoto.
A cidade de Guaribas é um retrato da carência do Piauí. Lá, banheiro pode ser considerado artigo de luxo: no município, apenas 9 dos 942 domicílios possuem o equipamento. Nenhum deles é ligado à rede de esgoto.
A falta de banheiros pode ser verificada também em cidades maiores, como Barreiras do Piauí, onde 5.881 dos 8.978 domicílios não têm banheiro ou sanitário. Em São Miguel do Tapuio, são 3.287 das 4.368 residências.
No Estado, apenas 26.479 domicílios, de um total de 661.366, estão ligados à rede geral de esgoto. E a grande maioria deles, 22.108, está localizada na capital, Teresina. Quando subtraídos os domicílios da capital, o percentual com rede sanitária, que já era mínimo (4%), cai ainda mais: 0,66%.
Apesar da classificação de alguns Estados como melhores e piores em determinados itens, muitos municípios são contrastes em suas regiões. É o caso de Vilhena, quinta maior cidade de Rondônia, Estado com pior taxa de abastecimento de água (apenas 30,7% dos domicílios são ligados à rede geral). Lá, 91,69% dos 14.506 domicílios têm água encanada, situação bem superior a da capital, Porto Velho, onde a taxa é de 35,23%.
No Rio Grande do Sul, sete cidades não têm acesso à água encanada, como Nova Cabrais, que tem 1.103 domicílios.



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