São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2001

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Corte de verbas atrasa ampliação de serviços

DA SUCURSAL DO RIO

A década de 90, principalmente a partir de 1995, foi marcada pelo lançamento de programas cujas metas eram a universalização dos serviços de água e esgoto. Nos últimos dois anos, entretanto, os investimentos no setor praticamente zeraram.
Programas como Pass (Programa de Ação Social em Saneamento), Pró-Sanear, Pró-Saneamento e Prosege (Programa de Ação Social em Saneamento), todos do governo federal, previam o investimento de R$ 44 bilhões no período de 12 anos, quando a universalização seria atingida.
O maior deles, o Pró-Saneamento, pretendia atender a 2,5 milhões de famílias. Em outubro de 1998, três anos após sua aprovação, apenas 448,6 mil tinham sido beneficiadas, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
As metas dos programas já para 2000 eram bastante otimistas: diminuir o déficit de domicílios urbanos ligados à rede geral de esgoto para 19,4% (segundo o Censo, o índice ficou em 28%).
De 1995 a 1998, o governo investiu R$ 5,3 bilhões nesses programas. A partir de 1999, com a necessidade de controle do endividamento público e o bloqueio dos recursos do FGTS, o maior financiador do setor, a média anual de investimentos caiu para R$ 263 milhões. Esse ano, foi gasto um valor foi ínfimo: R$ 20,5 milhões.
O coordenador-geral do Programa de Modernização do Setor Saneamento, da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, Marcos Thadeu Abicalil, afirma que todos os programas continuam. "Eles não foram paralisados, o que aconteceu é que não foram contratados novos projetos."



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