São Paulo, sábado, 22 de agosto de 1998

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Droga esperta pode ser burra

da Equipe de Trainees

As "smart drugs" não devem ser consumidas sem orientação médica ou por pessoas saudáveis que desejam aumentar sua capacidade cerebral, afirmam especialistas.
Se usadas indevidamente, as "smart drugs" podem causar depressão, danos na memória e até derrames cerebrais. Nesses casos, passam a ser chamadas de "drogas burras" (dumb drugs) nos EUA.
"Segundo estudos recentes, a ginkgo biloba causa a redução da viscosidade do sangue, aumentando a pressão sanguínea. Se a pessoa tiver algum problema neurovascular, poderá sofrer um derrame", diz Orlando Bueno, professor da Unifesp.
Para o neurofisiologista Ademir Silva, também da Unifesp, as drogas espertas "podem ter reatividade contrária (perda do efeito) e causar depressão, se usadas sem necessidade".
O consumo indevido dos nootrópicos, segundo o neurofisiologista Gilberto Xavier, da USP, pode danificar a memória.
Ele afirma que o uso não acompanhado de ginseng pode alterar o balanço de neurotransmissores, afetando áreas cerebrais vinculadas à memória.
Os próprios médicos ortomoleculares condenam a automedicação: "Se não há déficit de memória, essas drogas podem fazer mais mal do que bem", diz o geriatra Luiz Ramos. (AB)



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