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Droga esperta
pode ser burra
da Equipe de Trainees
As "smart drugs" não
devem ser consumidas sem
orientação médica ou por
pessoas saudáveis que desejam aumentar sua capacidade cerebral, afirmam especialistas.
Se usadas indevidamente,
as "smart drugs" podem
causar depressão, danos na
memória e até derrames cerebrais. Nesses casos, passam a ser chamadas de
"drogas burras" (dumb
drugs) nos EUA.
"Segundo estudos recentes, a ginkgo biloba causa a
redução da viscosidade do
sangue, aumentando a
pressão sanguínea. Se a
pessoa tiver algum problema neurovascular, poderá
sofrer um derrame", diz
Orlando Bueno, professor
da Unifesp.
Para o neurofisiologista
Ademir Silva, também da
Unifesp, as drogas espertas
"podem ter reatividade
contrária (perda do efeito)
e causar depressão, se usadas sem necessidade".
O consumo indevido dos
nootrópicos, segundo o
neurofisiologista Gilberto
Xavier, da USP, pode danificar a memória.
Ele afirma que o uso não
acompanhado de ginseng
pode alterar o balanço de
neurotransmissores, afetando áreas cerebrais vinculadas à memória.
Os próprios médicos ortomoleculares condenam a
automedicação: "Se não há
déficit de memória, essas
drogas podem fazer mais
mal do que bem", diz o geriatra Luiz Ramos.
(AB)
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