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Sob uma figueira, grupo volta ao passado da USP
DA REPORTAGEM LOCAL
As raízes mais profundas da
USP vivem dentro de um estacionamento chamado Princesa, no
centro da cidade. São raízes de
uma figueira, símbolo de parte
significativa da antiga Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras
(FFCL). Foi em torno dela que
nasceu o movimento hoje mais
frondoso de ex-alunos e professores da Universidade de São Paulo.
O Grupo Figueira da Glete foi
plantado na internet. Começou
com um e-mail enviado pelo geólogo Nelson Custódio, em 2001.
Hoje ele já contabiliza a troca de
mais de 12 mil mensagens eletrônicas entre os que passaram pelo
prédio, que ficava à sombra da árvore gigantesca, em uma alameda
chamada Glete. Não era "um"
prédio, mas um palacete dos tempos áureos do café, que entre 1937
e 1969 foi sede de diversos ramos
da FFCL, entre eles os de biologia
e psicologia experimental.
Demolida a construção no início dos anos 70, depois que os
geólogos "apagaram a luz" e se
mudaram para a Cidade Universitária, ficou apenas a árvore, que
foi tombada pelo governo do Estado no final dos anos 80.
"É uma árvore especial, de origem australiana, um ficus macrofila", afirma a professora de biologia Neuza Guerreiro, 73, da turma
de 1951 de história natural.
Uma das articuladoras dos "gleteanos", apelido com o qual se
tratam os que estudaram ali (como o atual reitor da USP, Adolpho José Melfi), ela achou mais de
200 colegas disparando seu
vovoneuza@uol.com.br.
Foi com ele que ajudou a organizar o maior encontro dos gleteanos, em maio passado. Nesse
dia foi plantada uma muda da árvore na geociências, na USP. Junto com ela, cresce o site do grupo
http://planeta.terra.com.br/educacao/fdg, fonte mais completa na rede sobre a antiga FFCL.
A figueira ainda dá frutos.
(CEM)
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