São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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Canadá recebe baleias e crianças

Tour pela costa oeste do país une observação dos animais com passeios para os pequenos

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL AO CANADÁ

Dezessete mil baleias-cinzentas migram, todos os anos, do oceano Ártico, onde vivem, para a costa do México, onde se reproduzem. E foi para o melhor local para observá-las -o Pacific Rim National Park Reserve, uma faixa de 130 km da costa oeste da ilha de Vancouver, no Canadá- que a Folha embarcou, em abril, num roteiro de 854 km com criança a bordo.
O objetivo principal deixou todos um pouco frustrados. Em três horas mar adentro, avistamos apenas três, com seus de 11 metros a 15 metros, e só uma deu o clássico salto para mostrar a cauda -mas, mesmo com zoom 200, é preciso certo esforço para enxergá-la na foto. Na verdade, são os leões-marinhos os verdadeiros astros desse tour de US$ 152.
Tofino, a 316 km de Nanaimo (onde aporta o "ferryboat" vindo da cidade de Vancouver), é uma vila charmosa, com cafés, galerias de arte e pouco mais de 1.000 habitantes. De março a agosto, seus 25 hotéis, 50 pousadas e quatro campings lotam de turistas que embarcam em tours de "whale watching" (observação de baleias) de 18 empresas de "charter".
Também de Ucluelet (a 25 km de Tofino), com dez hotéis, 11 pousadas, dois campings e um navio-resort, saem mais passeios de outras 13 empresas de "charter", que, além de caçar imagens dos maiores animais vivos do mundo, saem igualmente atrás de águias e ursos, das águas quentes de Hot Springs e de boa pescaria.
Quem pescar o maior peixe, na última semana de agosto, ganha 5.000 dólares canadenses (US$ 3.250) no Salmon Derby and Festival, em Port Alberni. É nessa cidade, que fica a 90 minutos da junção Ucluelet-Tofino -numa estrada em que cedros-rosas e pseudotsugas roubam o cenário de sol e neve-, que a criançada se diverte em passeios de locomotiva (1929) e cargueiros (1960).
De volta a Nanaimo, a opção mais barata (o "ferryboat" custa US$ 71) é esticar até Victoria, a 111 km. Fundada em 1843 para ser um entreposto de peles, tornou-se, em 1871, a capital da Colúmbia Britânica (embora continue sendo o centro político, foi superada em tamanho por Vancouver).

Totens gigantes
Imponente, Victoria tem construções históricas -como os prédios do Parlamento (1897), que, à noite, iluminam as águas da baía; o romântico Craigdarroch Castle (1889); e o gótico Empress Hotel (1905)- e um ótimo museu, o Royal British, de cultura nativa e geologia, que recria sinais, sons e odores de oceanos e florestas.
Na entrada do museu, fica o compacto Thunderbird Park, com totens gigantes que contam lendas de tribos aborígenes da costa noroeste do Canadá. E, atravessando a rua, o Crystal Garden, que orgulha-se de seu jardim tropical com 65 espécies diferentes (mas uma decepção para quem vem do Brasil), um dos muitos que se espalham por Victoria.
Com o carro na estrada rumo ao "ferryboat", vale a pena desviar na pitoresca Chemainus, ponto de partida para as 200 ilhas de Southern Gulf. A cidade de 4.000 habitantes ficou conhecida por seus 32 murais gigantes (de nativos cowichan, pioneiros e lenhadores), pintados por artistas locais, que contam a história da região. Nesse tour a pé, vale a pena vasculhar as lojas de antiguidades e artesanato.


Patrícia Trudes da Veiga, editora de Suplementos, viajou a convite de Student International Programs e Brazilian Express em um carro cedido pela Ford



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