|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em percursos curtos, novato aprende e condiciona o corpo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Participar de uma trilha "off-road" requer preparo físico,
mesmo que o objetivo seja passear. A explicação é simples:
deslocamentos constantes do
corpo dentro de um veículo
(como os sacolejos no jipe) geram contrações musculares
compensatórias para manter o
equilíbrio do organismo.
"Isso demanda gasto energético elevado e ocasiona desgaste muscular", afirma o fisiologista Paulo Zogaib, professor
do Centro de Medicina Esportiva da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo). "É como
correr ou pedalar", explica.
Por isso ele aconselha o iniciante no esporte a começar
com trilhas leves e curtas. "Os
pilotos do Rally Paris-Dacar fazem isso. Eles treinam nas dunas brasileiras. Começam com
percursos curtos e vão aumentando gradativamente", conta.
"O novato deve procurar estradas de terra secundárias, para testar os limites do carro",
diz João Roberto Gaiotto, instrutor de condução "off-road" e
consultor da D.Paschoal.
Na maioria dos percursos
considerados básicos, é possível encontrar pequenos morros, erosões e atoleiros. A diferença para os médios e os radicais é a altura dos morros, o
comprimento dos facões e a
profundidade dos atoleiros,
além da freqüência desses obstáculos.
Mas é bom ter em mente que
uma trilha fácil hoje pode estar
difícil amanhã, pois as condições climáticas alteram as pistas. Por precaução, o jipeiro deve carregar cinta de reboque de
6 m a 8 m, manilhas, luvas de
couro e uma pá com cabo maior
que 1,5 metro (mais dicas em www.tecnica4x4.com.br).
Ter um GPS (localizador por
satélite) é dispensável, segundo
Gaiotto. "É caro e não será útil
ao iniciante." Para ele, o melhor
é investir num sistema de rádio
PX (mais barato, menor alcance) ou VHF (mais caro, maior
alcance). É aconselhável checar
qual é o mais usado na região.
No Estado de São Paulo, há
muitas opções de trilha. A região de Águas de Lindóia, por
exemplo, oferece mais de dez
passeios, com vários níveis de
dificuldade. Entre os atrativos,
há visitas a construções coloniais, cachoeiras e nascentes de
rio (www.lindoiaaventura.com.br).
(RGV)
Texto Anterior: Excesso de confiança pode virar barreira Próximo Texto: Eu fui: Aventura emociona, mas fatiga Índice
|