São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

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Em percursos curtos, novato aprende e condiciona o corpo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Participar de uma trilha "off-road" requer preparo físico, mesmo que o objetivo seja passear. A explicação é simples: deslocamentos constantes do corpo dentro de um veículo (como os sacolejos no jipe) geram contrações musculares compensatórias para manter o equilíbrio do organismo.
"Isso demanda gasto energético elevado e ocasiona desgaste muscular", afirma o fisiologista Paulo Zogaib, professor do Centro de Medicina Esportiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "É como correr ou pedalar", explica.
Por isso ele aconselha o iniciante no esporte a começar com trilhas leves e curtas. "Os pilotos do Rally Paris-Dacar fazem isso. Eles treinam nas dunas brasileiras. Começam com percursos curtos e vão aumentando gradativamente", conta.
"O novato deve procurar estradas de terra secundárias, para testar os limites do carro", diz João Roberto Gaiotto, instrutor de condução "off-road" e consultor da D.Paschoal.
Na maioria dos percursos considerados básicos, é possível encontrar pequenos morros, erosões e atoleiros. A diferença para os médios e os radicais é a altura dos morros, o comprimento dos facões e a profundidade dos atoleiros, além da freqüência desses obstáculos.
Mas é bom ter em mente que uma trilha fácil hoje pode estar difícil amanhã, pois as condições climáticas alteram as pistas. Por precaução, o jipeiro deve carregar cinta de reboque de 6 m a 8 m, manilhas, luvas de couro e uma pá com cabo maior que 1,5 metro (mais dicas em www.tecnica4x4.com.br).
Ter um GPS (localizador por satélite) é dispensável, segundo Gaiotto. "É caro e não será útil ao iniciante." Para ele, o melhor é investir num sistema de rádio PX (mais barato, menor alcance) ou VHF (mais caro, maior alcance). É aconselhável checar qual é o mais usado na região.
No Estado de São Paulo, há muitas opções de trilha. A região de Águas de Lindóia, por exemplo, oferece mais de dez passeios, com vários níveis de dificuldade. Entre os atrativos, há visitas a construções coloniais, cachoeiras e nascentes de rio (www.lindoiaaventura.com.br). (RGV)


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