São Paulo, sábado, 25 de julho de 1998

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Consultoria prevê mais 175 mil empregos

da Sucursal de Brasília

Nos próximos dez anos, a privatização do Sistema Telebrás deve gerar 100 mil novos empregos diretos no setor de telecomunicações e 75 mil vagas na construção civil e fábricas de equipamentos.
Essa estimativa consta de um estudo da empresa de consultoria McKinsey (que desenhou o modelo de privatização da Telebrás). O gerente da pesquisa realizada pela McKinsey, William Jones, disse que os novos empregos serão criados porque o setor vai crescer 19% ao ano, enquanto a produtividade da mão-de-obra aumentará 12%: "Por causa dessa diferença, haverá uma expansão no emprego".
Apesar dessas previsões otimistas, o consultor da McKinsey admite que ocorrerão demissões no Sistema Telebrás após sua privatização. "Os empregos no Sistema se reduzirão, mas no setor a situação será diferente", disse Jones.
As demissões nas estatais privatizadas são constantes no modelo brasileiro de desestatização.
Esses cortes de funcionários chegaram a 67% na Acesita, 40% no Banco Meridional, 39% na Companhia Siderúrgica de Tubarão, 33% na Usiminas e 28% na Companhia Vale do Rio Doce.
A partir das estimativas feitas pela McKinsey, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima que serão criados até 1,5 milhão de novos empregos indiretos no setor de telecomunicações.
Nos setores de construção civil e de fabricação de equipamentos, esses empregos indiretos somam 380 mil novas vagas. O banco afirma que os empregos indiretos serão gerados, principalmente, nos fornecedores de insumos para as concessionárias privatizadas. (FG)



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