São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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Prazos determinam escolha

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre tentadoras vantagens fiscais de planos de previdência e taxas mais atraentes de fundos de investimento, balança o coração do investidor.
A decisão pode estar no tempo de compromisso. Para namoricos de curto prazo, os fundos de investimentos financeiros (FIFs) são mais interessantes porque podem ter taxas de gestão menores, além de não cobrarem taxa de carregamento. Mas 20% do rendimento mensal vão para o Fisco.
Para longos relacionamentos, a coisa muda de figura, como mostra o estudo da Aon Consulting. Na primeira linha estão as aplicações no PGBL de um investidor que é assalariado, declara pelo formulário completo e tem o benefício de diferir o imposto, até o limite de 12% da renda bruta.
"O imposto é adiado, mas será pago. O diferimento tem que ser aplicado no mercado financeiro para o PGBL valer a pena", diz Márcia Dessen.
Não basta, porém, disciplina.
"Para usar o diferimento, o cliente terá que calculá-lo sozinho. Dificilmente bancos farão isso por ele", diz Valter Hime, diretor-executivo da Aon Consulting.
O investidor em VGBL, na segunda linha, é tributado sobre os rendimentos apenas ao sair.
Para os cálculos, Hime considerou taxas de administração de 1% tanto no FIF quanto nos planos de previdência; rentabilidade de 0,83% para as três opções e taxa de carregamento de 2% no PGBL e no VGBL.
O FIF, na terceira linha, é a melhor opção no curto prazo, apesar da desvantagem da cobrança de imposto de 20% dos rendimentos mensais.
Já no quinto ano de investimento, de acordo com as premissas desse estudo, o PGBL é melhor do que o FIF, para quem usa o diferimento. Sem esse benefício fiscal, o rendimento do fundo só é ultrapassado pelo PGBL, em 30 anos de investimento. Pela mesma simulação, o VGBL levaria 20 anos para render mais que o FIF.
"Quem já tem planos empresariais (com participação do empregador e cobrança de taxas mais baixas) ou investimentos muito rentáveis em imóveis não deve dar preferência às modalidades de previdência privada individual", diz William Eid Júnior.
"Também para os disciplinados e que conhecem mercado financeiro, os planos de previdência podem não ser a melhor opção. Eles ainda são muito caros no Brasil", completa Dessen. (MCF)


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