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Prazos determinam escolha
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre tentadoras vantagens fiscais de planos de previdência e taxas mais atraentes de fundos de
investimento, balança o coração
do investidor.
A decisão pode estar no tempo
de compromisso. Para namoricos
de curto prazo, os fundos de investimentos financeiros (FIFs)
são mais interessantes porque podem ter taxas de gestão menores,
além de não cobrarem taxa de
carregamento. Mas 20% do rendimento mensal vão para o Fisco.
Para longos relacionamentos, a
coisa muda de figura, como mostra o estudo da Aon Consulting.
Na primeira linha estão as aplicações no PGBL de um investidor
que é assalariado, declara pelo
formulário completo e tem o benefício de diferir o imposto, até o
limite de 12% da renda bruta.
"O imposto é adiado, mas será
pago. O diferimento tem que ser
aplicado no mercado financeiro
para o PGBL valer a pena", diz
Márcia Dessen.
Não basta, porém, disciplina.
"Para usar o diferimento, o
cliente terá que calculá-lo sozinho. Dificilmente bancos farão isso por ele", diz Valter Hime, diretor-executivo da Aon Consulting.
O investidor em VGBL, na segunda linha, é tributado sobre os
rendimentos apenas ao sair.
Para os cálculos, Hime considerou taxas de administração de 1%
tanto no FIF quanto nos planos de
previdência; rentabilidade de
0,83% para as três opções e taxa
de carregamento de 2% no PGBL
e no VGBL.
O FIF, na terceira linha, é a melhor opção no curto prazo, apesar
da desvantagem da cobrança de
imposto de 20% dos rendimentos
mensais.
Já no quinto ano de investimento, de acordo com as premissas
desse estudo, o PGBL é melhor do
que o FIF, para quem usa o diferimento. Sem esse benefício fiscal, o
rendimento do fundo só é ultrapassado pelo PGBL, em 30 anos
de investimento. Pela mesma simulação, o VGBL levaria 20 anos
para render mais que o FIF.
"Quem já tem planos empresariais (com participação do empregador e cobrança de taxas mais
baixas) ou investimentos muito
rentáveis em imóveis não deve
dar preferência às modalidades
de previdência privada individual", diz William Eid Júnior.
"Também para os disciplinados
e que conhecem mercado financeiro, os planos de previdência
podem não ser a melhor opção.
Eles ainda são muito caros no
Brasil", completa Dessen.
(MCF)
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