São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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HOSPITAL DAS CLÍNICAS

Complexo se destaca por equipe variada e competent e

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quarto mais citado como melhor hospital na pesquisa Datafolha, ao lado do São Luiz (7%), o Hospital das Clínicas foi escolhido por 67% dos médicos entrevistados no quesito equipe médica -o melhor índice entre os hospitais.
O item que mais pesou (33%) foi o fato de o complexo ter médicos de todas as especialidades. Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde e associada à Faculdade de Medicina da USP, o HC tem hoje 3.449 professores, médicos e residentes, 6 institutos, 3 unidades auxiliares, 4 hospitais auxiliares e 62 laboratórios de investigação médica.
O Instituto do Coração (InCor) do complexo liderou as citações (50%) na área de cardiologia. O HC foi lembrado por seu pronto-socorro, sua área de ortopedia e sua estrutura da pediatria, com 11%. Seu PS pediátrico foi o mais citado (13%).
Para José Manoel Teixeira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a rede de saúde vive um processo de "desospitalização". É assim que ele explica as mudanças por que passa um dos principais hospitais do país. "A idéia é que caso mais simples seja atendido ambulatorialmente [em posto, consultório ou hospital-dia]."
Os hospitais, em especial os terciários, que são os de referência universitários, devem ser reservados a casos complexos, diz ele. "No hospital, sempre há algum risco, o custo é alto, e o número de leitos é finito. É preciso otimizar seu uso."
O SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado em 1988 com essa missão, para que o cuidado simples fosse prestado mais perto de onde o paciente mora, por meio de unidades básicas de saúde e de hospitais gerais (primários). Para Teixeira, isso tem gerado frutos desde 98. "Está desafogando o HC."
A Folha acompanhou uma manhã no Instituto da Criança. Das 7h às 12h, 33 pacientes foram atendidos no pronto-socorro. O movimento é o dobro normalmente, diz o médico-chefe, Claudio Schvartsman.
Na triagem, os pacientes recebem uma ficha vermelha, amarela, verde ou branca. Quanto mais escura, mais grave é o caso e ágil é o atendimento. O tempo de espera varia de zero a mais de uma hora -se a ficha de um paciente ficar quatro horas sem modificação, o sistema emite um aviso que chama a atenção do operador.
A UTI tem 15 leitos, mas terá até 20, quando o instituto receber a verba que o Estado lhe prometeu até o fim do ano.
Mães podem ficar o dia todo com os pacientes. Ao lado de cada leito, há uma poltrona. "Ela é tão confortável que, quando vou para casa, a cada 20 dias, quase não durmo na cama", diz Francisca da Silva, 39, que aprendeu a bordar -voluntárias ministram oficinas de habilidades manuais- acompanhando a filha de oito anos, que está na UTI desde 23 de abril com anemia falciforme. A doença foi descoberta quando a menina tinha um ano e oito meses -foi a primeira vez que ela estava internada havia tanto tempo.0 (RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO)


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