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Ex-senadores tentam dar a volta por cima
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ex-senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Jader
Barbalho (PMDB-PA) e José Roberto Arruda (PFL-DF), que renunciaram a seus mandatos para
não ser cassados, querem voltar
pela porta da frente. ACM é candidato ao Senado. Jader e Arruda,
à Câmara dos Deputados.
No Pará, Jader perdeu a candidatura ao Senado para sua ex-mulher, Elcione Barbalho, que tinha um índice de rejeição menor.
Arruda queria concorrer ao governo do Distrito Federal, mas a
coligação da qual faz parte já tinha
Joaquim Roriz (PMDB), o atual
governador, como candidato.
Na Bahia, a coligação que apóia
ACM faz uma "homenagem" ao
candidato e tem, em seu nome, as
mesmas iniciais do ex-senador:
Ação, Competência e Moralidade.
A novidade é o Super-ACM, desenho animado que faz alusão ao
candidato como super-herói, que
combate a corrupção.
"Quando saí do Senado, disse
que meu juízo era o povo baiano.
Estou me submetendo a esse juízo
e acho que vou ter êxito", afirmou
ACM à Folha.
Jader faz campanha dizendo
que está totalmente voltado a assuntos importantes para os eleitores paraenses. Segundo sua assessoria de imprensa, os episódios
que envolveram o ex-senador são
vistos no Pará como atos de violência contra ele.
Em vez de serem utilizadas por
adversários, as imagens do ex-senador algemado são veiculadas
no horário político do próprio
partido, com a intenção de mostrar Jader como "vítima".
No último dia 18 de setembro,
Jader teve a prisão preventiva decretada pela segunda vez, acusado
de fraudes na extinta Sudam.
No DF, Arruda se mostra arrependido. Prefere conversar com
eleitores nas ruas a participar de
comícios. A idéia é mostrar que
ele está voltando à vida pública
com humildade e "pé no chão".
Segundo a assessoria do candidato, Arruda sabe que errou e
aprendeu com os erros. Por isso, o
ex-senador estaria recomeçando
"um degrau abaixo", concorrendo à Câmara dos Deputados.
A Folha tentou entrar em contato com Jader e Arruda, mas foi
informada de que os ex-senadores só falariam por meio de suas
assessorias. Os dois evitam contato com a imprensa, pois não concordam com a cobertura jornalística dos escândalos nos quais se
envolveram.
(FERNANDA NARDELLI)
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