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Futebol ruim, mas com estádio lotado
Quase 20 mil pessoas, em média, nas arquibancadas do estádio
entoando gritos para incentivar
os jogadores. Sinal de bom futebol
dentro de campo, certo?
Errado. Uma das equipes que
mais atraem público aos palcos de
futebol no país, o Bahia é o principal paradigma de que torcida, no
Brasileiro, não é sinônimo de
bons resultados no campeonato
nem de dinheiro nos cofres.
A temporada de 2002 é emblemática para ilustrar a situação. O
time ficou boa parte do torneio na
zona de rebaixamento. Uma vitória sobre a Lusa na última rodada,
porém, assegurou a permanência
do clube na divisão de elite -terminou em 19º entre 26 times.
Na verdade, em toda a sua trajetória no Nacional o Bahia foi um
sucesso de público. Em média, o
clube levou 25 mil torcedores ao
seu estádio por jogo na competição. Apenas o Flamengo teve
mais espectadores na história-
quase 30 mil por encontro.
"Somos um clube de massa.
Quando tudo está correndo bem,
não há problema. Mas, se jogamos mal, a pressão é violentíssima", relatou Marcelo Guimarães,
presidente do clube baiano.
Enquanto sofre para atender
aos apelos de seus torcedores, o
Bahia vê equipes que costumam
jogar com estádios vazios, como o
São Caetano, prosperarem e colecionarem boas performances.
Além disso, a agremiação atravessa péssima situação financeira.
"Não dá para viver só da bilheteria. Precisamos buscar sempre
outras formas de aumentar nossa
receita", afirmou o presidente.
Para evitar situações ainda mais
embaraçosas, Guimarães nomeou um treinador que conhece
bem a pressão exercida pelo público na Fonte Nova.
Ídolo entre os locais, Bobô, que
defendeu o time como jogador na
década de 80, será o comandante
do Bahia durante o Nacional.
"Vou usar a força que temos em
casa para conseguir pontos. Isso é
muito importante em um campeonato de pontos corridos."
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