São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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Profissionalismo só no palco

ANTONIO CARLOS DE FARIA
da Sucursal do Rio

Um espetáculo de desorganização. Esse foi o resultado da atuação conjunta dos promotores do show do U2 no Rio e das autoridades do trânsito carioca.
Motoristas que saíram da zona sul levaram até quatro horas para ir ao autódromo de Jacarepaguá, num percurso de cerca de 30 km.
O megacongestionamento na noite de anteontem só não teve consequências piores porque os motoristas mostraram ter aderido à nova legislação mais que os responsáveis pela aplicação da lei.
Para um evento que prometia ser o maior show já feito na cidade, foi flagrante a falta de orientação e policiamento de trânsito. Os poucos policiais vistos não passavam do contingente de dias normais.
Quem teve paciência e cumpriu as várias horas de viagem encontrou uma terra sem lei em torno do autódromo. Com poucas vagas de estacionamento organizado, as imediações ficaram nas mãos dos flanelinhas, que agiam sob a conivência do policiamento esparso.
O desrespeito continuou na área do show, com banheiros que não funcionavam, falta de iluminação, ingressos vendidos a R$ 175 que davam direito a lugares ao lado dos que custaram R$ 30.
Profissionalismo só existiu sobre o palco. Com uma apresentação tecnicamente perfeita, os rapazes do U2 mostraram que são muito competentes no show business.



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