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Profissionalismo só no palco
ANTONIO CARLOS DE FARIA
da Sucursal do Rio
Um espetáculo de desorganização. Esse foi o resultado da atuação
conjunta dos promotores do show
do U2 no Rio e das autoridades do
trânsito carioca.
Motoristas que saíram da zona
sul levaram até quatro horas para
ir ao autódromo de Jacarepaguá,
num percurso de cerca de 30 km.
O megacongestionamento na
noite de anteontem só não teve
consequências piores porque os
motoristas mostraram ter aderido
à nova legislação mais que os responsáveis pela aplicação da lei.
Para um evento que prometia ser
o maior show já feito na cidade, foi
flagrante a falta de orientação e policiamento de trânsito. Os poucos
policiais vistos não passavam do
contingente de dias normais.
Quem teve paciência e cumpriu
as várias horas de viagem encontrou uma terra sem lei em torno do
autódromo. Com poucas vagas de
estacionamento organizado, as
imediações ficaram nas mãos dos
flanelinhas, que agiam sob a conivência do policiamento esparso.
O desrespeito continuou na área
do show, com banheiros que não
funcionavam, falta de iluminação,
ingressos vendidos a R$ 175 que
davam direito a lugares ao lado dos
que custaram R$ 30.
Profissionalismo só existiu sobre
o palco. Com uma apresentação
tecnicamente perfeita, os rapazes
do U2 mostraram que são muito
competentes no show business.
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