MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

A Polícia Militar antecipou para as 14h o horário de abertura dos portões para os shows do U2, que acontecem na sexta-feira e no sábado, no estádio do Morumbi, em São Paulo. O horário previsto anteriormente era o das 16h30.
O comandante interino do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, responsável por segurança em grandes eventos, capitão Carlos Botelho, 39, afirmou que, se for necessário, a abertura dos portões poderá ser feita ao meio-dia.
Segundo Botelho, a antecipação não tem relação direta com os tumultos ocorridos no show do U2 no Rio, onde, apesar dos portões terem sido abertos às 14h40, houve tumulto na entrada do público.
"Em eventos, quando você trata com o público, tem de fazer um planejamento maleável", afirma Botelho, que comandará um efetivo de 450 homens por dia, incluindo os 55 homens do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito), o policiamento de área e o policiamento feminino.
Botelho afirma que a PM, apesar de se planejar com base nos números do Contru, que estipula a capacidade do Morumbi em 70 mil pessoas, poderá aumentar o efetivo se o público for maior -o que deve acontecer, pois foram vendidos mais 16 mil ingressos.
A produção da turnê PopMart contratou as empresas Fonseca Segurança e Vigilância (antiga Fonseca's Gang) e Mirante Segurança, que serão responsáveis por 750 homens por dia, sendo 500 deles para a segurança de palco e gramado.
Somando segurança e PM, 1.200 pessoas vão trabalhar para tentar organizar a passagem da turnê "PopMart" por São Paulo.
Walter Fonseca, 52, dono da Fonseca Segurança, afirma que os problemas com o show no Rio não devem se repetir em São Paulo.
"Eu até deixei de trabalhar no Rio por causa disso (confusões). Lá, cada 'polícia' (policial) tem a mania de querer colocar dez pessoas para dentro. Isso acaba com qualquer trabalho", diz.
Fonseca afirma também que os portões poderão ser abertos a partir de meio-dia. "Estamos em sintonia com a PM. Havendo público, vamos abrir os portões no horário que a polícia determinar."
Fonseca afirma que os portões podem ser abertos mesmo que o U2 esteja passando o som à tarde, como ocorreu em São Paulo, em novembro de 93, no show da cantora Madonna.
Se houver venda de ingressos por seguranças, outro problema ocorrido no Rio, os supervisores de segurança (15% do efetivo), afirma, encaminharão os casos para a PM.
Segundo Fonseca, cada segurança receberá R$ 40 por dia. O empresário diz que apenas 20% do efetivo das duas empresas é formado por policiais (civis e militares) que fazem bico.



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