São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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COBRANÇA DA ÁGUA

Tarifa pode encarecer agricultura

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A cobrança pelo uso da água captada de rios deverá aumentar os custos da agropecuária, segundo simulações feitas pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura) para agriculturas irrigadas do Sul do país.
Por enquanto, a cobrança, a ser iniciada em julho, foi aprovada apenas para o rio Paraíba do Sul, considerado federal por cortar mais de um Estado -São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A nova tarifa representaria de 5% a 17% dos custos de produção do feijão, de 6% a 10% do tomate e 12% do arroz irrigado.
Pequenas propriedades rurais e consumidores finais de até 10 m3 por mês deverão ficar isentos, caso o projeto de cobrança para rios estaduais seja aprovado.
Para rios federais, paga-se R$ 0,02 por m3 de água captada e devolvida suja. Para a água que retorna limpa ao curso, a tarifa cai para R$ 0,008.
O objetivo da tarifa é aumentar a arrecadação para administrar os recursos hídricos do Estado.
O projeto estadual propõe o pagamento de uma taxa de R$ 0,01 por m3.
A bacia do Rio Pardo, que abastece a região de Ribeirão Preto, possui um comitê que aguarda a definição da lei estadual para começar a estudar a cobrança.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, que integra o comitê, Genésio Abadio de Paula e Silva, a tarifa a ser cobrada na bacia deverá ser menor, porque o nível de degradação ambiental é baixo.
"É bom deixar claro para a classe agrícola que ela não vai pagar quase nada se não for poluidora."


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