São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2005

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Escola controla alunos com tecnologia

DA REPORTAGEM LOCAL

O aluno esqueceu de fazer a lição de casa? Não trouxe material? Apresentou atitudes inadequadas? Faltou sem justificativa? Refo nele. É o "Registro de Faltas e Ocorrências", o dedo-duro do mau comportamento.
A professora registra o refo em uma página da internet e pronto: online, tempo real, o pai já está ciente.
O Bandeirantes apertou o cerco digital sobre os alunos. Vale para disciplina, vale para avaliação do aprendizado.
Exemplo? O professor entrega a cada aluno um controle remoto. Na lousa eletrônica, aparece a série de questões na forma de múltipla escolha. Inglês é a matéria no caso, e o teste, sobre falsos cognatos.
Cada aluno aponta seu controle para uma célula fotoelétrica, tecla a alternativa escolhida e pronto: a máquina "lê" a resposta, identifica o controle emissor, o aluno que o manuseia e produz um relatório. Nele, aparece quem acertou, quem errou e o somatório dos pontos da classe. Por fim, os dados são lançados na internet.
O "Classroom Performance System" permite que estudantes tímidos se exponham, dá ao professor uma ferramenta instantânea para checar se conseguiu transmitir o conteúdo, fornece ao aluno a possibilidade de comparar seu desempenho com o de sua turma.
No Big Brother escolar, salas de aula com computadores individuais vêm com uma ferramenta extra, só acessível ao professor: de seu terminal, ele visualiza o que está sendo exibido na tela de cada aluno. Ninguém pode se pendurar no Orkut impunemente. O Refo sempre pode atacar. (LC)


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