São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2005

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Para seguir aluno de perto, Móbile evita ampliação

DA REPORTAGEM LOCAL

Com apenas seis anos no ensino médio, o colégio Móbile conseguiu que seus alunos tivessem uma performance surpreendente na Fuvest de 2005.
Nove dos 53 alunos que saíram da escola no ano passado entraram em alguma das carreiras mais concorridas da USP, aquelas pesquisadas pelo Datafolha.
A escola tem porte pequeno -nos três anos do ensino médio estão matriculados 282 alunos- e quer se manter assim com, no máximo, 380 estudantes.
"Uma escola grande perderia as características que consideramos importantes: conhecer o aluno, saber como ele pensa e produz, se tem ou não dificuldade", diz a diretora Maria Helena Bresser.

Nova sede
Maria Helena é uma das fundadoras da escola, inaugurada em 1975. No início, quando ocupava uma casa em Moema (zona sul), havia somente educação infantil.
Há seis anos, mudou-se de vez para três prédios próximos à antiga sede, na Vila Nova Conceição, erguidos para abrigar a escola. Apesar de verticalizado, o espaço é bastante amplo, com grandes janelas e corredores largos, falta apenas uma área verde.
Na nova sede, os alunos é que trocam de sala, não os professores. Chamados de salas-ambiente, os espaços têm equipamentos que ajudam o professor a apresentar os conteúdos, sobretudo em matérias como química e física.
Os professores trabalham sempre com um auxiliar, que fica dentro da sala e responde pelo plantão de dúvidas.
No currículo, chama a atenção a disciplina ética e cidadania, obrigatória para os três anos do ensino médio. Como opcional, há ação comunitária, na qual os alunos têm que desenvolver algum trabalho voluntário, como ensinar informática para alunos de uma creche próxima.
Todos podem fazer atividades complementares à tarde e o colégio oferece curso de inglês dado pela escola de idiomas Seven, incluído na mensalidade.

Esporte
"O colégio diz que a gente deve participar das atividades e fazer esporte, mas eles dão muito conteúdo e sobra pouco tempo", reclama Michael Fridman, 17.
Para quem está no terceiro ano, há cursos avançados de todas as disciplinas durante a tarde. Em outubro e novembro, as aulas são dedicadas à revisão.
Embora seja bastante exigente, o clima da escola é liberal. Não há uniforme e ninguém é obrigado a entrar na aula. As decisões da direção podem ser questionadas pelos alunos, e eles também podem sugerir mudanças. (TN)


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