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Para seguir aluno de perto, Móbile evita ampliação
DA REPORTAGEM LOCAL
Com apenas seis anos no ensino
médio, o colégio Móbile conseguiu que seus alunos tivessem
uma performance surpreendente
na Fuvest de 2005.
Nove dos 53 alunos que saíram
da escola no ano passado entraram em alguma das carreiras
mais concorridas da USP, aquelas
pesquisadas pelo Datafolha.
A escola tem porte pequeno
-nos três anos do ensino médio
estão matriculados 282 alunos-
e quer se manter assim com, no
máximo, 380 estudantes.
"Uma escola grande perderia as
características que consideramos
importantes: conhecer o aluno,
saber como ele pensa e produz, se
tem ou não dificuldade", diz a diretora Maria Helena Bresser.
Nova sede
Maria Helena é uma das fundadoras da escola, inaugurada em
1975. No início, quando ocupava
uma casa em Moema (zona sul),
havia somente educação infantil.
Há seis anos, mudou-se de vez
para três prédios próximos à antiga sede, na Vila Nova Conceição,
erguidos para abrigar a escola.
Apesar de verticalizado, o espaço
é bastante amplo, com grandes janelas e corredores largos, falta
apenas uma área verde.
Na nova sede, os alunos é que
trocam de sala, não os professores. Chamados de salas-ambiente,
os espaços têm equipamentos que
ajudam o professor a apresentar
os conteúdos, sobretudo em matérias como química e física.
Os professores trabalham sempre com um auxiliar, que fica dentro da sala e responde pelo plantão de dúvidas.
No currículo, chama a atenção a
disciplina ética e cidadania, obrigatória para os três anos do ensino médio. Como opcional, há
ação comunitária, na qual os alunos têm que desenvolver algum
trabalho voluntário, como ensinar informática para alunos de
uma creche próxima.
Todos podem fazer atividades
complementares à tarde e o colégio oferece curso de inglês dado
pela escola de idiomas Seven, incluído na mensalidade.
Esporte
"O colégio diz que a gente deve
participar das atividades e fazer
esporte, mas eles dão muito conteúdo e sobra pouco tempo", reclama Michael Fridman, 17.
Para quem está no terceiro ano,
há cursos avançados de todas as
disciplinas durante a tarde. Em
outubro e novembro, as aulas são
dedicadas à revisão.
Embora seja bastante exigente,
o clima da escola é liberal. Não há
uniforme e ninguém é obrigado a
entrar na aula. As decisões da direção podem ser questionadas pelos alunos, e eles também podem
sugerir mudanças.
(TN)
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