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Comissão técnica também é família
A chegada do técnico gaúcho Luiz Felipe Scolari,
53, à seleção, em junho
de 2001, marcou a consagração
da postura linha-dura de trabalhar e do estilo de jogo de marcação rígida e disciplina tática.
Para o eixo de trabalho de campo na sua comissão técnica, escolheu profissionais com os quais
conviveu. Essa opção e a prioridade por atletas com espírito de
cooperação motivaram a conotação "família" do grupo formado.
De temperamento explosivo
nos clubes que treinou, Scolari
soube se conter na seleção.
Pegou a equipe em uma posição difícil nas eliminatórias e
conseguiu levá-la à Copa, apesar
dos percalços enfrentados.
Sua gestão na seleção começou
com a derrota de 1 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu, onde se desentendeu com o atacante Romário, a quem havia dado a faixa de
capitão. Antes da partida, o jogador teria se envolvido com uma
aeromoça e pedido para não
atuar os 90 minutos. Mantido até
o final, teve atuação apagada.
Logo depois, na Copa América,
pediu dispensa por alegar problemas de visão. Tais complicações,
no entanto, não o impediram de
viajar com o Vasco. Irritado também por insinuações do atacante
de que pautaria suas convocações
não só por critérios esportivos, o
técnico não mais o chamou.
Desde então, Scolari recebeu
pressões pela convocação, mas
não cedeu. Mesmo com o futebol
ruim da equipe, ele seguiu prestigiado publicamente pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Ex-zagueiro limitado, o treinador começou em 82 a trabalhar
na área em uma equipe de segunda linha na qual havia encerrado
sua carreira de jogador, o CSA.
Ganhou fama por títulos em
torneios de disputa rápida e sistema eliminatório, como a Copa.
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