São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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Presidente cometeu apenas um "pecado venial", afirma ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REDAÇÃO

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse ontem em São Paulo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu um pecado perdoável ao pedir votos para a prefeita paulistana Marta Suplicy (PT) durante a inauguração da nova Radial Leste no último dia 18 de setembro.
O ministro participou de um seminário promovido na capital paulista pelo IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). Na saída, ao ser questionado se presidente iria responder à notificação do juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, José Joaquim dos Santos, para que se defenda da acusação de uso eleitoral da inauguração da obra, Bastos disse: "Claro. O presidente cometeu um pecado venial [desculpável], e não mortal. Ele já fez um mea-culpa na entrevista coletiva dada a jornalistas na semana passada".
O presidente Lula apresentou ontem mesmo sua defesa à Justiça Eleitoral por meio da Advocacia Geral da União. A resposta foi enviada ontem, por meio de fax, ao juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Hoje, advogados da AGU deverão protocolar a resposta do presidente no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
No texto de defesa do presidente consta o embasamento legal à tese de que Lula não feriu a lei ao participar da inauguração. Durante o dia de ontem, o cartório da 1ª Zona Eleitoral tentou notificar a Presidência. Segundo a assessoria do TRE, a notificação havia sido enviada por fax à Casa Civil. Tanto o órgão como a Secretaria de Imprensa da Presidência e o porta-voz do presidente, André Singer, disseram que o documento não havia chegado. A AGU afirmou que o presidente resolveu se antecipar e apresentar sua defesa.


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