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Presidente cometeu apenas um "pecado venial", afirma ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REDAÇÃO
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, disse ontem em
São Paulo que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva cometeu um
pecado perdoável ao pedir votos
para a prefeita paulistana Marta
Suplicy (PT) durante a inauguração da nova Radial Leste no último dia 18 de setembro.
O ministro participou de um seminário promovido na capital
paulista pelo IBCCRIM (Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais).
Na saída, ao ser questionado se
presidente iria responder à notificação do juiz da 1ª Zona Eleitoral
de São Paulo, José Joaquim dos
Santos, para que se defenda da
acusação de uso eleitoral da inauguração da obra, Bastos disse:
"Claro. O presidente cometeu um
pecado venial [desculpável], e não
mortal. Ele já fez um mea-culpa
na entrevista coletiva dada a jornalistas na semana passada".
O presidente Lula apresentou
ontem mesmo sua defesa à Justiça
Eleitoral por meio da Advocacia
Geral da União. A resposta foi enviada ontem, por meio de fax, ao
juiz da 1ª Zona Eleitoral de São
Paulo. Hoje, advogados da AGU
deverão protocolar a resposta do
presidente no Tribunal Regional
Eleitoral de São Paulo.
No texto de defesa do presidente consta o embasamento legal à
tese de que Lula não feriu a lei ao
participar da inauguração. Durante o dia de ontem, o cartório da
1ª Zona Eleitoral tentou notificar a
Presidência. Segundo a assessoria
do TRE, a notificação havia sido
enviada por fax à Casa Civil. Tanto o órgão como a Secretaria de
Imprensa da Presidência e o porta-voz do presidente, André Singer, disseram que o documento
não havia chegado. A AGU afirmou que o presidente resolveu se
antecipar e apresentar sua defesa.
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