São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EM CASA

Objeto de casa abre caminho a reinvenção

DA REPORTAGEM LOCAL

Até que ponto vale investir em brinquedos coloridos, caros e tecnológicos nos primeiros anos de vida? Polêmica, a questão divide a opinião de pais e especialistas no assunto.
A fisioterapeuta Liss Labate, 29, que trabalha na UTI neonatal da Maternidade Pro Matre Paulista, é uma voz dissonante no grupo que diz que qualquer objeto da casa -chaves, panelas e colheres- vira brinquedo para bebês com até um ano.
"Insisto em dizer que é o contrário. Nesse período, vale investir mais intensamente nos brinquedos. E não é preciso comprar brinquedos caros, e sim aqueles corretos, adequados para desenvolver habilidades corporais, sensoriais e motoras nas crianças", explica.
Já Cyrce Junqueira de Andrade, 50, assessora de projetos lúdicos em brinquedotecas e em escolas, explica que a maior riqueza está na mistura.
A dica é mesclar no baú de brinquedos da criança os de plástico e os tecnológicos com aqueles objetos da casa -aí a cozinha é o paraíso- que possibilitam a reinvenção.
"Não tem nada mais interessante do que um caminhãozinho de plástico carregado de folhas, pedras e sementes", exemplifica Andrade, que liderou a implantação da Brinquedoteca Peteca da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Para os pais em dúvida sobre se brinquedos tecnológicos devem ser oferecidos moderadamente na primeira infância, o neuropediatra Luiz Vilanova, 55, esclarece que, em excesso, a tecnologia é ruim.
"O mais importante é que o brinquedo não precisa ter recursos tecnológicos, mas tem de ser produzido com o que há de melhor em termos de tecnologia." (GR)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Tecnologia: Para os mais novos, o eletrônico não atrai mais que o tradicional
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.