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EM CASA
Objeto de casa abre caminho a reinvenção
DA REPORTAGEM LOCAL
Até que ponto vale investir
em brinquedos coloridos, caros
e tecnológicos nos primeiros
anos de vida? Polêmica, a questão divide a opinião de pais e especialistas no assunto.
A fisioterapeuta Liss Labate,
29, que trabalha na UTI neonatal da Maternidade Pro Matre
Paulista, é uma voz dissonante
no grupo que diz que qualquer
objeto da casa -chaves, panelas e colheres- vira brinquedo
para bebês com até um ano.
"Insisto em dizer que é o contrário. Nesse período, vale investir mais intensamente nos
brinquedos. E não é preciso
comprar brinquedos caros, e
sim aqueles corretos, adequados para desenvolver habilidades corporais, sensoriais e motoras nas crianças", explica.
Já Cyrce Junqueira de Andrade, 50, assessora de projetos
lúdicos em brinquedotecas e
em escolas, explica que a maior
riqueza está na mistura.
A dica é mesclar no baú de
brinquedos da criança os de
plástico e os tecnológicos com
aqueles objetos da casa -aí a
cozinha é o paraíso- que possibilitam a reinvenção.
"Não tem nada mais interessante do que um caminhãozinho de plástico carregado de folhas, pedras e sementes",
exemplifica Andrade, que liderou a implantação da Brinquedoteca Peteca da Rocinha, no
Rio de Janeiro.
Para os pais em dúvida sobre
se brinquedos tecnológicos
devem ser oferecidos moderadamente na primeira infância,
o neuropediatra Luiz Vilanova,
55, esclarece que, em excesso,
a tecnologia é ruim.
"O mais importante é que
o brinquedo não precisa ter
recursos tecnológicos, mas
tem de ser produzido com o
que há de melhor em termos de
tecnologia."
(GR)
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