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TECNOLOGIA
Criança se diverte ao desvendar "hi-tech"
As maiores aproveitam melhor o recurso eletrônico
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se os pequenos não se ligam
em brinquedos eletrônicos, nas
crianças maiores eles têm o
efeito contrário. Nas oficinas
que a Folha realizou com apostas de sucesso de vendas de lojistas e fabricantes, elas se encantaram com seus recursos
eletrônicos, mas nem todos
souberam aproveitar o que a
tecnologia oferece.
Crianças de 4 a 7 anos que estudam no colégio Pueri Domus
conheceram bonecos interativos, um carro que fala e outro
de corrida com controle remoto. Enquanto Relâmpago
McQueen, do filme "Carros",
atraiu meninos imediatamente, as meninas se dividiram.
As mais velhas ficaram fascinadas com a boneca Amazing
Ananda; as mais novas, com o
boneco Yumel. A interatividade dos dois, que falam e convidam a atividades, foi percebida
de forma diferente.
Enquanto as meninas que
brincavam com a Ananda respondiam a estímulos da boneca, as que ficaram com o Yumel
interagiram um pouco com ele
e depois brincaram como se
fosse um boneco comum.
Tizuko Kishimoto, da USP,
explica que, na fase simbólica, a
partir de três ou quatro anos,
qualquer objeto pode ser uma
boneca, e tanto faz se tem tecnologia. Como a criança imita
os adultos, não é com a boneca
que ela aprende a fazê-la dormir, comer e fazer xixi.
O carro radiocontrolado despertou interesse, mas os mais
novos tiveram dificuldade para
entender como ele funcionava
sem a ajuda de um adulto.
Mundo eletrônico
Na oficina com crianças de 7
a 12 anos com alunos do colégio
Pentágono, a tecnologia foi
fundamental para chamar a
atenção. Algumas novidades
eram um carro que escala paredes, um cachorro que vira alto-falante ao ser conectado ao toca-MP3 e outro, de pelúcia, que
"lambe" ao receber carinho.
O que mais chamou a atenção foi o carro Gravity Zero.
Quando as crianças viram que
escalava paredes, ficaram extasiadas. ""Nunca vi um assim",
disse Bernardo Rosa, 7.
Marina Leivas, 10, gostou do
alto-falante i-Dog. ""É bonito,
toca música e pode ser um cachorro de estimação." Já o de
pelúcia não fez tanto sucesso.
Nessa idade, a criança, íntima da tecnologia, descobre
com facilidade o funcionamento dos brinquedos. "Eletrônica
e informática são importantes
para o desenvolvimento da base cultural", avalia Luiz Celso
Vilanova, neuropediatra da
Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo). Para Kishimoto,
a grande sensação é descobrir
os comandos para ver a reação
do brinquedo eletrônico.
(MI e RM)
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