São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

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TECNOLOGIA

Criança se diverte ao desvendar "hi-tech"

As maiores aproveitam melhor o recurso eletrônico

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se os pequenos não se ligam em brinquedos eletrônicos, nas crianças maiores eles têm o efeito contrário. Nas oficinas que a Folha realizou com apostas de sucesso de vendas de lojistas e fabricantes, elas se encantaram com seus recursos eletrônicos, mas nem todos souberam aproveitar o que a tecnologia oferece.
Crianças de 4 a 7 anos que estudam no colégio Pueri Domus conheceram bonecos interativos, um carro que fala e outro de corrida com controle remoto. Enquanto Relâmpago McQueen, do filme "Carros", atraiu meninos imediatamente, as meninas se dividiram.
As mais velhas ficaram fascinadas com a boneca Amazing Ananda; as mais novas, com o boneco Yumel. A interatividade dos dois, que falam e convidam a atividades, foi percebida de forma diferente.
Enquanto as meninas que brincavam com a Ananda respondiam a estímulos da boneca, as que ficaram com o Yumel interagiram um pouco com ele e depois brincaram como se fosse um boneco comum.
Tizuko Kishimoto, da USP, explica que, na fase simbólica, a partir de três ou quatro anos, qualquer objeto pode ser uma boneca, e tanto faz se tem tecnologia. Como a criança imita os adultos, não é com a boneca que ela aprende a fazê-la dormir, comer e fazer xixi.
O carro radiocontrolado despertou interesse, mas os mais novos tiveram dificuldade para entender como ele funcionava sem a ajuda de um adulto.

Mundo eletrônico
Na oficina com crianças de 7 a 12 anos com alunos do colégio Pentágono, a tecnologia foi fundamental para chamar a atenção. Algumas novidades eram um carro que escala paredes, um cachorro que vira alto-falante ao ser conectado ao toca-MP3 e outro, de pelúcia, que "lambe" ao receber carinho.
O que mais chamou a atenção foi o carro Gravity Zero. Quando as crianças viram que escalava paredes, ficaram extasiadas. ""Nunca vi um assim", disse Bernardo Rosa, 7.
Marina Leivas, 10, gostou do alto-falante i-Dog. ""É bonito, toca música e pode ser um cachorro de estimação." Já o de pelúcia não fez tanto sucesso.
Nessa idade, a criança, íntima da tecnologia, descobre com facilidade o funcionamento dos brinquedos. "Eletrônica e informática são importantes para o desenvolvimento da base cultural", avalia Luiz Celso Vilanova, neuropediatra da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Para Kishimoto, a grande sensação é descobrir os comandos para ver a reação do brinquedo eletrônico. (MI e RM)


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