São Paulo, quinta, 30 de janeiro de 1997.

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SEMESTRE PERDIDO
Eleições municipais e discussão da reeleição presidencial paralisam reforma da Constituição
Votações das reformas emperram

da Sucursal de Brasília

As votações da reforma constitucional, que haviam sido interrompidas no segundo semestre do ano passado por causa das eleições municipais, estão esquecidas agora devido ao debate da reeleição.
A reforma da Previdência, que demorou 492 dias para ser votada na Câmara, chegou ao Senado em julho do ano passado e parou.
A emenda nem tinha relator no início desta semana. Pior: nem havia decisão sobre de qual partido ele seria.
Durante meses, falou-se no Senado que o relator da Previdência seria o líder do PSDB, Sérgio Machado (CE). Depois, surgiram duas novas possibilidades: Vilson Kleinubing (PFL-SC) e José Fogaça (PMDB-RS).
Na Câmara
Em pior situação estão as reformas tributária e administrativa. As duas pararam na Câmara.
Ambas foram colocadas na pauta da convocação extraordinária do Congresso do início deste ano, mas a emenda da reeleição atraiu todas as atenções.
O governo esperava votar pelo menos a reforma administrativa no final do ano passado, mas o risco de ser rejeitada (são necessários 308 votos) vem fazendo com que sua votação seja adiada sucessivamente.
O fim da estabilidade no serviço público é o ponto mais polêmico. Nem mesmo os líderes governistas podem garantir os votos de suas bancadas.

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