São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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MULTIDISCIPLINARES

Recentes, programas buscam afirmação

Só as subáreas de interdisciplinar e materiais superam barreira da nota 5

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A tendência de unir conhecimentos vem impulsionando a área de multidisciplinares. "Na década, crescemos 20% ao ano, em média", afirma Arlindo Philippi Jr., coordenador da área interdisciplinar na Capes.
Os novos cursos ainda estão evoluindo. Das quatro subáreas (interdisciplinar, biotecnologia, materiais e ensino de ciências e matemática), nenhuma teve nota 7, e só sete receberam 6, o pior desempenho entre as áreas em número e em percentual.
"Dependemos da maturidade, de núcleos de pesquisa e de inserção internacional", afirma Philippi Jr..
Entre programas interdisciplinares, as primeiras notas 6 já recebidas foram para Modelagem Computacional, do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), Ecologia Aplicada, da Esalq-USP, Gerontologia Biomédica, da PUC-RS, Política Científica e Tecnológica, da Unicamp, e Informática na Educação, da UFRGS.
"Ampliamos convênios e publicações no exterior", diz José de Lima, coordenador do programa da UFRGS, citando projetos em Moçambique, França e Espanha.
Na área de materiais, o programa Ciência e Engenharia de Materiais da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) também recebeu o primeiro 6.
O curso homônimo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte manteve a nota -a Capes aponta a publicação por alunos como ponto fraco. "Eles têm dificuldade para escrever em outros idiomas", diz o coordenador, Wilson Acchar.

CINCO É O LIMITE
O número de programas de ensino de ciências e matemática foi de sete para 60 em dez anos, mas a nota máxima da subárea foi 5. "A área é recente e precisamos priorizar a qualidade", explica Roberto Nardi, coordenador desse eixo na Capes.
Biotecnologia tampouco cruzou a fronteira da nota 5, concedida a 9 dos 23 programas avaliados. O mestrado em biotecnologia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), que tirou 3, reflete as desigualdades regionais.
"No Centro-Oeste, a distância dos centros industriais e a baixa demanda local limitam o alcance das nossas patentes", diz Luís Ítavo, coordenador do programa, que quer descredenciar docentes que não atingirem a meta da Capes. (LS)


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